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Já escrevi aqui o que penso sobre a adaptação ao cinema do livro de Shusaku Endo, "Silêncio". Hoje assisti, aqui, em Santarém, a uma brilhante palestra sobre este tema pela mão de um historiador e padre jesuíta.
Além de ter sido brilhante, e ter ajudado a contextualizar, historicamente a trama do filme, leva-me a reflectir, enquanto cristão, o problema da evangelização. Até que ponto o nosso Deus é melhor que os deuses dos outros? Ou, por outras palavras, não será que a fronteira entre o nosso Deus e o Deus dos outros é nula, já que a criação, enquanto fenómeno transversal à humanidade, é indivisível, e não admite esta parafernália de divindades?
Deus, como disse bem São Tomás de Aquino, é omnipresente, "está em todo o lado". Há caminhos para chegarmos até Ele. Portanto, pergunto, se a humanidade não seria moralmente mais feliz se em vez dos fundamentalismo se preocupasse com os seu fundamentos?