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Por birra com o meu avô paterno, que era um sportinguista ferrenho, decidi ser do reviralho, de marcar o meu terreno, e desde tenra idade – eu tinha 10 anos quando ele morreu – que sou benfiquista.
E ao longo da minha vida, acompanhei o clube. Hoje, já nem tanto. Faz anos que não vou ver in loco um jogo. Acho mesmo que só fui ao actual estádio ver a famigerada final do Europeu de 2004. Sou também do tempo em que ir ver um jogo de futebol não era um atentado à nossa integridade.
Hoje, sempre que posso vejo um jogo do meu clube mas sem entrar em loucuras. Sou do tempo em que o futebol era visto em canais abertos. Do tempo que os jogos só duravam 90 minutos. Hoje o futebol dá pano para mangas. Dá para dramas e comédias. E dá para muitas tramóias.
Naturalmente que este desabafo vem a propósito das últimas notícias. Vem do facto de algumas pessoas – sublinhe-se pessoas – terem supostamente posto esta instituição centenária na lama. São só pessoas, e as pessoas passam pela vida como o vento!
O nome do Benfica é e será sempre intocável, mesmo que, graças às ambições desmedidas de alguns tenha que passar por um tempo de nojo, sendo por exemplo, como já aconteceu em outros países europeus, despromovido.
Só lamento que este olhar, atento e vigilante da nossa justiça de agora tenha em outros tempos feito vista grossa a uma situação também ela confrangedora para a boa imagem do futebol em Portugal, o Apito Dourado.
Mas dessa tramóia já estão todos esquecidos. Eu não! Não tenho memória curta!