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Em "De la démocratie en Amérique" , Alexis de Tocqueville, aborda a democracia americana nos ano 30 no século XIX, onde procura descortinar as suas virtudes e os seus defeitos. É um livro fundamental para compreender aquela que foi considerada, na idade moderna, a democracia mais pujante.
É uma democracia onde as clivagens esquerda / direita, como acontece na velha Europa, não são marcantes. É um país onde o socialismo não vingou. Não obstante, por serem mais idealistas, o partido democrata, com um discurso mais progressista do que os republicanos, agrada mais ao nosso centro esquerda. Até a mim me agrada mais. Há tempos fiz um teste sobre o meu posicionamento político no contexto ideológico norte-americano, e segundo o qual estou rigorosamente no centro. Tanto lá, como cá, os centristas, como em geral a classe média, são os fieis da balança, ou seja, são aqueles que com os seus votos, reflexo das circunstâncias, viabilizam os sucessos eleitorais.
Porém, fruto da crise generalizada em que vivemos, a classe média e (nessa perspectiva) o bom senso são meras memórias. Estão em agonia. Daí que, com triste naturalidade, os movimentos populistas e nacionalistas surjam como uma ameaça à democracia. Se na Europa o fenómeno não é novo, já que nos faz recordar a emergência de fenómenos como o nazismo e o fascismo, nos Estados Unidos da América o populismo é um fenómeno novo, que a candidatura Donald Trump coorporiza na perfeição. Acontecimento que torna as eleições de Novembro em algo de novo e particularmente perigoso. O que será deles e de nos se formos governados por esta criatura? Que repercussões terão estes resultados por aqui?