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Acabei de ver o Trumbo, o filme de Jay Roach que conta a história do argumentista de Hollywood, DaltonTrumbo que escreveu filmes premiados como o Férias em Roma, Spartacus e o Rapaz e o Touro, alguns deles só mais tarde assinou como seus. Perseguido na era do Macartismo, pelas suas ligações ao Partido Comunista, durante o início da Guerra Fria, Trumbo que era genial nos seus argumentos, só conseguia receber prémios quando escondia o seu nome dos argumentos.
De cada vez que era contratado faziam-lhe a vida negra com intrigas e perseguições. Fiquei a pensar se o mundo não tinha dado a volta e se isso não era hoje o mesmo que acontecia a quem tem um pensamento de direita. A quem defende aquilo em que acredita contra a opinião dominante do mainstream, demasiado cego com a histeria anti-conservadorismo, e anti-neoliberalismo. Sei bem o que é ser-se impedido de trabalhar por ódios irracionais, mesmo quando à volta toda a gente reconhece a qualidade do nosso trabalho intelectual. Sei bem o que é estar na situação de a qualidade do nosso trabalho, ao invés de ser reconhecida, ainda ser um factor agravante contra o nosso trabalho, quando à força a querem esconder com tentativas de nos desacreditar intelectualmente com rótulos fúteis. Foi sem dúvida o que aconteceu a Dalton Trumbo. Foi catalogado de traidor e com esse argumento coagiram todos os que gostavam e queriam o seu trabalho.