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O Portugal dos pequeninos está em polvorosa. António Simões pôs o dedo na ferida e os "cristianizados", ou seja, aqueles de idolatram Cristiano Ronaldo estão passados. Porquê? Porque disse umas evidências, e eu concordo com ele.
"Acha que com toda a gente no banco a ficar doida e o Cristiano Ronaldo a fazer de líder… foi por isso que ganhámos? Se as pessoas começarem a pensar que foi por causa disso que ganhámos, então exijo que se faça isto em todos os jogos. Tenho 50 anos de carreira, nunca assisti a uma coisa destas na minha vida. (...)
Acho que se apoderou do Ronaldo uma ansiedade tremenda de querer ganhar e demonstrar que era líder. Quem é líder não tem necessidade de fazer isto. Comprem livros de liderança, leiam. Fez aquilo, não trouxe mal ao mundo, ganhámos, mas não é a matriz de liderança. Peço desculpa se estou a ofender alguém. E quero que ponha isto, não vá alguém ofender-se. Chegou-se a um momento neste país em que quando se faz uma crítica, mesmo construtiva, é-se mal visto. A determinada altura durante o Europeu qualquer crítica era dizer mal ou ser antipatriótico. Não faz sentido. Se isto é assim, em que democracia vivemos nós?"
Bem sei que estamos em plena silly season, pelo que, que para o povinho, que vê nele um "salvador da pátria", o António Simões está completamente tolo. Um tolo coberto de razão!
P.S. - Gosto do Ronaldo. Facto. É um grande jogador e, nessa perspectiva, é entre os seus uma "força maior", uma referência e um líder. No entanto, e em termos globais, o chefe da banda é o treinador. Se o desfecho fosse outro, o "Engenheiro" era o responsável. A não ser que voltemos aos tempos - já aconteceu diversas vezes, um pouco por todo o lado - do jogador-treinador. Foi o que aconteceu (após a sua lesão) na final do Euro 2016. Assim, devo concluir que não sei o que Fernando Santos andava a fazer...!
P.S 2 - Convém ainda sublinhar que humanamente ele é um ser superior ao ter doado o prémio de jogo a uma instituição que ajuda crianças com cancro.