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Mariana Mortágua acusou esta semana o Ministro das Finanças de "retórica de direita, perigosa e moralista" por causa de uma frase que o ministro socialista disse no Parlamento, a propósito das reivindicações dos professores. A frase era "Todos temos de saber merecer as coisas que ganhamos". Esta ideia de o mérito ser uma bandeira do pensamento de direita, que eu tenho defendido em vários posts, confirmou-se na reacção da bloquista às palavras de Mário Centeno. É evidente que todos temos de saber merecer o que ganhamos. Mas para Mortágua a ideia de premiar o mérito é em si mesma um atentado à ideia de igualdade da esquerda.
Ao ouvir o Governo Sombra, não pude deixar de aplaudir a participação de João Miguel Tavares, que se deu conta (com muita inteligência) de que se deu finalmente a grande reversão do Governo de António Costa. "A reversão da retórica estúpida de que chegámos ao fim da austeridade". Tem sido uma grande hipocrisia a deste Governo ao longo dos últimos dois anos. Enxotaram Passos Coelho (tenho pena tal como João Miguel Tavares) porque as pessoas se convenceram que a austeridade tinha acabado, e no entanto a austeridade não acabou. Pedro Passos Coelho ainda vai ser muito lembrado.
Esta semana António Costa veio dizer que "a ilusão de que é possível tudo para todos já não existe", e é a confirmação de que Pedro Passos Coelho sempre teve razão.
O discurso duro de Passos foi um tampão contra um país das reivindicações permanentes das corporações, disse João Miguel Tavares e eu subscrevo.