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Ninguém está a ver que o PS perdeu muitos milhares de votos para as esquerdas radicais. Mas não se nota porque é o partido mais votado e de governo. No entanto vai-se notar na próxima eleição a perda de relevância do centro esquerda moderado para os radicais. O Bloco galga rapidamente para ser o futuro grande partido de esquerda.
À direita está a dar-se um fenómeno: o facto de Rui Rio ter renegado a herança liberal e de centro direita do PSD, para se pôr num centro que não é de esquerda nem de direita, levou à criação de partidos como o Aliança e como Iniciativa Liberal. O facto de o CDS não ser assumidamente conservador e de direita, ajudou ao seu desaire. O facto de os comentadores e jornalistas tentarem usar os meios de comunicação, nomeadamente a televisão para impôr a sua ideia de "bem", criou o Chega (aquela cartinha ao Benfica ainda ajuda mais ao crescimento do Chega).
Não vale a pena empenharem-se na lavagem cerebral disfarçada de higienização e educação ética e moral da população. O tempo das televisões está a acabar (na nova geração já ninguém vê televisão) - juro que isto não é nenhum recado para a Cofina que vai comprar a TVI por 255 milhões - o poder dos jornais também está a diminuir. As redes sociais e as Googles, Apple, Amazon, são a nova forma de comunicação e ligação do mundo. O 5G é a tecnologia que vai permitir a futura revolução industrial, desde logo porque vai criar as cidades do futuro onde os carros andam sem condutor.
Os Estados Unidos e a China já perceberam isso, mas nós continuamos a alertar para o papão do Chega, do Livre, do Bloco, etc. Deixem os partidos à vontade para no Parlamento defenderem as suas ideias. São sempre úteis partidos de protesto, quer de esquerda, quer de direita.
A Europa perdeu o comboio e Portugal então anda de charrete e ainda não se deu conta.