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Veio parar às mãos um velho texto escrito por Fernando Pessoa em carne e osso, e onde discorre sobre "O caso mental português".
Neste texto ele analisa a nossa maneira de ser, dizendo que «se fosse preciso usar de uma só palavra para definir o estado presente da mentalidade portuguesa, a palavra seria "provincianismo"».
Por muito que possa custar é preciso admitir que ele tinha razão. Tinha... não! Tem razão! As reacções às infelizes palavras do presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, provam-no.
Se a caricatura que fez de nós – portugueses e demais “sulistas” - é infeliz, no fundo da questão há uma verdade incómoda: nós, países do sul – maioritariamente católicos – temos um estar e uma mentalidade diferente dos países do norte, e da sua “genética Calvinista”, como foi bem observado por José Manuel Fernandes. Todos sabemos que culturalmente há diversas "europas"! No entanto, seria bom que o político holandês tivesse um dia lido de Óscar Wilde, pois saberia que "se soubéssemos quantas e quantas vezes as nossas palavras são mal interpretadas, haveria muito mais silêncio neste mundo"!