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Mais acções da TAP para o Estado pôr seis administradores, incluindo Diogo Lacerda Machado parece ser cada vez mais a única vantagem do Estado em ter revertido a privatização da TAP feita pelo Governo de Passos Coelho, que implica a venda de 61% da companhia aérea ao consórcio Gateway. Seis lugares de não executivos escolhidos pelo Governo de António Costa. De resto o que ganhou o Estado? O direito a ter de investir na companhia sempre que esta tiver de aumentar o capital?
A transportadora aérea "voltou" para o Estado, mas este só fica com 50% do capital, sem o controlo da gestão e com apenas 18,75% dos direitos económicos da TAP. Isto é caso a TAP venha a ter lucros dentro de alguns anos, o Estado apenas terá direito a receber 18,75% desses dividendos, apesar de controlar metade do capital.
O consórcio de Humberto Pedrosa e David Neeleman baixou para 45% da TAP, tendo os restantes 5% sido destinados para os trabalhadores da empresa. Coisa simbólica, que serviu para António Costa dizer que cumpriu uma bandeira eleitoral (das eleições que não ganhou) e para empregar seis gestores, um amigo incluido.
O Estado paga e investe só para cumprir uma bandeira simbólica de António Costa de uma campanha que não lhe deu vitória. Uma teimosia? Um capricho? Quanto custa?
Numa primeira fase, o Estado comprou 11% do capital ao consórcio Gateway, por 10,93 euros por ação, o que dá um total de 1,9 milhões de euros. Mais tarde, o Estado subscreveu 30 milhões de euros do empréstimo obrigacionista de 120 milhões de euros que serve para refinanciar a transportadora.
Resumindo, o Estado devolveu dinheiro da primeira venda, pagou 30 milhões de euros e ficou com menos dividendos. Mas com seis poleiros na administração.