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Ser mulher hoje, e tendo conta os estereótipos que desde a queda do paraíso foi alvo, deve ser um alivio: foram e de forma merecida ganhando direitos, não havendo actualmente, no mundo ocidental, pelo menos no papel, diferenças perante a lei. Eles e elas são iguais para o estado de direito. E assim deveria ser.
Acontece que o mundo ocidental é uma fracção do planeta. Há pois, povos, geografias, religiões, etc., em que elas ainda vivem na mais profunda das trevas, onde a sua diferenciação com os demais animais é estreita. Muito estreita.
Assim é com grande estranheza, ou talvez não, que o Web Summit, a ter lugar em Lisboa, recebeu ontem Sophia. Uma mulher robot, nascida em Hong Kong, que no ano passado, em Riad, tornou-se numa cidadã saudita.
Então a robot, muito bem programada, disse estar “orgulhosa e honrada desta tão única distinção”. Disse e muitíssimo bem: “tão única distinção”! Só falta mesmo saber o que pensarão as demais femininas criaturas sauditas a tamanha honra!
P.S. - Sempre fui um apreciador das música dos Titãs, um marco do rock brasileiro. Não conhecia, ou pelo menos não me recordava deste tema e pelo visto tão actual. Sem o saber, Arnaldo Antunes e seus pares estavam com os olhos no século XXI.