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O filósofo José Gil escreveu um brilhante livro / ensaio sobre Portugal e os portugueses, a que deu o nome "Portugal, hoje o medo de existir". Recordo-me lindamente que o livro foi particularmente mal recebido por certas forças, inteligências, à esquerda. Lembro-me, também, da reacção do sociólogo Boaventura Sousa Santos a este livro: ele estava furibundo!.
O livro, editado pela primeira vez em 2004, continua actual. Este medo existencialista, i.e, de profundo receio com os "dias de amanhã" é eterno. Se calhar é da massa que somos feitos.
Escrevo isto, e passados já uns dias sobre a vitória de Portugal contra a Suíça e apuramento para o mundial de futebol a ter lugar na Rússia, depois ter ter visto a molde humana, que enchia os Estádio da Luz" a cantar, no fim do jogo, de pulmões bem cheios, a Portuguesa. Até parecia que tinham já ganho o campeonato. Se calhar até sim, mesmo que sejamos eliminados na primeira ronda. Em suma: por aqui o futuro é sempre uma incógnita. Não era este, também, o espírito dos navegadores portugueses, pois ninguém sabia para onde ia, quando "Deram Mundos ao Mundo", como enfatizou Fernando Pessoa, na Mensagem?