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A propósito desta idiotice, que a Maria já referiu, no seu último post, sobre a igualdade de género que levou à decisão de se retirarem do mercado os cadernos de actividades pré-escolares para eles e para elas, com as cores que definem as suas sexualidades, recordo o meu espanto quando, nas minhas férias de verão passadas na região do Orne, um dos departamentos da Normandia, reparei no facto de uma povoação vizinha do local onde estivemos instalados chamar-se “Mauvaiseville”.
A história é a história, do mesmo modo que a sexualidade das pessoas é aquela com que vieram ao mundo, pelo que, por muito estranho que seja o nome das povoações, não se vai mudar a designação porque num mundo supostamente ideal as pessoas não querem viver numa terra com um nome sui generis, quase grotesco.
Por outro lado, sendo uma terriola francesa, do país que supostamente é o baluarte da liberdade, da igualdade e da fraternidade, o nome mantém-se, evocando algo que desde sempre marca a nossa natureza imperfeita, ou seja, as mais diversas formas de segregação. No caso, como apurei, a “Mauvaiseville” foi criada para pôr os cidadãos da comuna de Argentan, em quarentena.
Por aqui, como já aconteceu, como por exemplo com a Amadora (Porcalhota) ou Constância (Punhete), já se tinha mudado o nome!
Este país adora o politicamente correcto, nem que para tanto tenhamos que maquilhar o óbvio!