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A proposta de Hollande que consiste numa proposta de caminho futuro para a União Europeia passa por um Governo, um orçamento e um Parlamento comum. Mas apenas constituído pelos países fundadores: França, Alemanha, Itália, Bélgica, Luxemburgo e Holanda.
É interessante esta proposta vir agora, que muitas das circunstâncias que deram origem à aliança histórica entre franceses e alemães se voltam a pôr.
Antes de mais o eixo franco-alemão é uma aliança de defesa.
O Tratado do Eliseu, assinado há mais de 50 anos (em 1963), é um marco da amizade franco-alemã e foi assinado na cidade francesa de Reims, tendo como protagonistas o presidente francês Charles de Gaulle e o chanceler alemão Konrad Adenauer.
Foi no colégio Notre-Dame, em Reims, que foi assinado esse selo de paz, que chegou quase duas décadas depois da segunda guerra mundial. Na origem, o bilateralismo franco-alemão era também uma alternativa europeia plausível ao sobrepeso transatlântico dos Estados Unidos e ao seu posto avançado na Europa: a Grã-Bretanha. Voltamos agora a ter necessidade de um contraponto aos Estados Unidos, que tiveram agora um papel de pressão na manutenção da Grécia no euro? E do Reino Unido que ameaça em referendo optar por sair do euro?
Um dos motivos para a disposição de ambos os países de vincular-se, no longo prazo, por um tratado, foi o temor mútuo das eventuais consequências negativas de uma política nacional, isolada, com relação ao leste europeu. Hoje Putin e o problema com a Ucrânia pode ser propício ao renascimento desse medo?
O eixo franco-alemão, grande impulsionador da União Europeia, parece voltar agora a querer um regresso a essa origem. A Europa a ser comandada pelo eixo franco-alemão. É essa, em resumo, a proposta de Hollande, É uma proposta com vista à segurança? Veremos o que acontece à Grécia, daqui para a frente. Pode ser essencial para o futuro da Europa