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Tinha 15 anos. Tinha ido a Lisboa para ver o Papa que veio do Leste. Estou perto da Nunciatura Apostólica, onde ele repousava para daí seguir rumo ao Parque Eduardo VII. Ele sai. Eram muitas as pessoas que nas ruas, nos passeios davam vivas ao sumo pontífice. Não fugi à regra e com todas as minha forças gritei procurando chamar a sua atenção. Não sei se ele meu ouviu. Sei, porventura por sorte, que ele se virou para mim e que me fitou com aquele olhar único: nunca me tinha sentido assim. Foi como que aqueles olhos azuis, límpidos e quase "não humanos" me tivessem radiografado: senti-me nu, e ao mesmo tempo com uma felicidade que ainda hoje, 32 anos depois, me parecia inexplicável. Porém, e como tudo tem uma explicação, ontem descobri a razão: um Santo olhou para mim!