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Não sei se o algodão se pode enganar. Pouco importa. Quem não se engana, e consequentemente não nos engana é o Partido Comunista Português. É trigo limpo. Podemos criticar o estar ideológico dos comunistas, mas também nada poderemos fazer. Eles são assim, e por isso – mesmo que nos pareça ser uma afronta – é com naturalidade que eles tem duvidas que a Coreia do Norte não seja uma democracia, e ao longo da sua vida enquanto organização política tenham feito os mais diversos "autos de fé".
O PCP é um partido em contra ciclo já que são a única organização verdadeiramente comunista existente no velho mundo ocidental, i.e., sobrevivente à queda do Muro de Berlim. E a única coisa que ainda os faz sobreviver é o sindicalismo. A CGTP é a sua bengala!
No actual cenário da esquerda em Portugal, o PCP viu o seu espaço de acção limitado com o sucesso do Bloco de Esquerda. Os resultados das últimas eleições, tanto legislativas, como presidenciais, são esclarecedores. E, portanto, eles vêem-se obrigados a serem o que sempre foram. Um partido conservador.
Neste sentido a notícia que nos informa que eles são contra a mudança de nome do Cartão de Cidadão para Cartão de Cidadania, proposta pelo partido de Catarina Martins, é, por um lado, natural, e, por outro, uma golfada de ar fresco. Até porque um não comunista, como eu, subscreve as palavras de Jorge Machado:"É uma matéria claramente não prioritária", e, principalmente "não é uma questão de género mas de gramática".