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" Não se deve ser demasiado normal. Tornamo-nos caça muito fácil para o imprevisível." (Antes do Degelo); "A Alegria perverte o amor" (idem);" "Não há nada para valorizar a reputação como alguém conhecer que a pode perder, como se perde uma luva ou outra coisa qualquer" (também do mesmo livro); " O arrependimento não dura muito. É um excitante formidável mas só dura até se tornar um hábito"; "Não é o amor que interessa aos homens, mas as crenças naturais na capacidade de sentir" (Antes do Degelo)
«Há que gerir o Mal de forma a torná-lo impraticável»
Antes do Degelo, publicado em 2004, foi também tema de conversa. «O enigma da culpa é a chave do livro», explicou Agustina, que escreveu o seu mais recente romance inspirada na obra Crime e Castigo de Fiódor Dostoievski. «O homem vive da culpa, precisa da culpa para criar. A mulher é aquilo que é, tem esse dom criador, ao ser mãe. O homem usa a culpa como modo de superar esse dom da mulher. É pela culpa que se dão os grandes feitos da humanidade», defendeu.
A problemática do Bem também mereceu a atenção de Agustina: «Cinco séculos de moralidade, de pregação do Bem, não deram resultado. A questão é agora gerir o mal de modo a que ele se torne impraticável», considera. Para a escritora, «o Mal é um excitante. Quando perde a natureza de trangressão, de mistério, deixa de ser excitante e de interessar as pessoas».