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Não tenho que fazer nenhum auto de fé como tampouco me custa elogiar a postura e a cultura política de partidos com o qual nada me une.
Admito que este post possa parecer uma das velhas cassetes comunistas, pois bato na mesma tecla. É um facto. E à boleia de Catarina Martins e do Bloco de Esquerda que defendem uma atitude absolutamente deplorável sobre o voluntariado, que é a, meu ver, a antítese do que entendo (ou achava ingenuamente entender) ser a matriz mais humana da esquerda. Porém, deve ser por isto que são o caviar da esquerda em Portugal.
Gostemos ou não deles, os comunistas portugueses são o outro lado da medalha. Porque se há uma organização política no nosso país intrinsecamente voluntarista é o Partido Comunista Português (PCP). São um partido de bases, uniformizado. Uma situação que anualmente, no mês de Setembro, é imagem de marca da Festa do Avante.
Catarina Martins, no passado mês de Abril, foi como é seu timbre taxativa: "Trabalho voluntário é uma treta.”
Está coberta de razão. É uma treta. Da mesma forma que é uma treta ver os simpatizantes comunistas na montagem da sua festa anual, e principalmente é uma gingante treta ver uns voluntários, naturalmente da treta, a apagarem o que (a verdadeira) gente da treta incendeia.
Assim, e porque a cassete está a chegar ao fim, só lamento que a afoita Catarina sempre pronta para pôr a boca no trombone, a mandar bitaites, e com o país em brasas, ainda não tenha vindo a terreiro pedir desculpas. Não aos parceiros da geringonça, pois eles conhecem o covil onde se meteram, mas aos Soldados da Paz. Porque se há uma coisa que é nobre a coragem de saber pedir desculpa e de reconhecer o erro, o que até agora (ao menos que me tenha escapado) não aconteceu
Nota final: a cassete já acabou. Porém só me resta saudar a grande alma nacional que sob as mais diversas formas ajudam aqueles que mais precisam. É o melhor lado do nosso país, e o que na realidade torna a Catarina numa simples anedota.