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Se há uma coisa que desilude quem ama é a leviandade. O amor não convive bem com as desculpas, com os argumentos fáceis, com a sinceridade de pacotilha, com a resposta pronta, com os motivos fúteis e vaidades banais. No amor, nada é banal, nem a vaidade (porque há vaidade no amor). O amor pede silêncios cúmplices, lágrimas contidas, conflitos interiores. O amor pede um entendimento imediato. No amor não há lugar a enganos. Não há falsas expectativas. No amor a expectativa é tão sincera que chega a ser a única coisa imortal. Não há o direito de nos falarem de amor, de nos mandarem e flores e depois de tudo dizerem-nos que afinal não era. Não há o direito. Quem deseja e não ama merece a guilhotina.
P.S. Para o homem que me mandou esta flor. A última afinal.
P.S. Sabes porque é que mudaste? Porque se aproxima o dia do juízo final e no dia do juízo final as promessas têm de sair do papel. E para isso tens de abdicar dos teus confortozinhos narcísicos, tens de ir contra o mundo e enfrentar os batalhões, se assim tiver de ser.
O amor só é quando nos leva a ser melhores pessoas.