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A palavra Marvila é sinónimo de maravilhas, e portanto de milagre. Em Santarém há mesmo uma igreja com esta designação: Santa Maria de Marvila, ou simplesmente a Igreja de Marvila!
Com este intróito não estou a escrever sobre Santarém, nem tampouco sobre o seu património, pois se me metesse nessa aventura nunca mais sairia daqui. Nem tampouco estou na Lezíria do Tejo. Estou perto da sua foz, à entrada de Lisboa. Em Marvila!
Porquê Marvila? Porque, como sonhador e criador – tenho a mania que sou um artista plástico -, acredito em milagres. Acredito que nada é adquirido e que mesmos espaços devolutos e supostamente mal-frequentados tem o direito a uma nova vida. Da mesma forma que os criadores, sejam artistas, dançarinos ou sejam lá o que forem tem direito a que existam espaços que os possam tornar seus. Ao criarem dão vida a estes lugares outrora vazios, devolutos, e onde, de há muito a esta parte, se deixou de fazer história. A arte é história!
Hoje aquela a Marvila ultrapassada, das velhas industrias, é espaço das mais diversas esperanças. Da esperanças de quem ai se instalou, e da esperança de uma cidade que procura recriar-se!
É bom ler notícias assim. No entanto, porque Portugal não é só Lisboa, era fantástico que isso se estendesse um pouco por todo lado, pois era sinal que o país (ainda) tem pernas para andar!