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Ontem o general Rovisco Duarte, o chefe do Estado-Maior do Exército demitiu-se porque soube ler as entrelinhas das palavras de João Gomes Cravinho, o actual ministro da defesa que, como anuncia o Observador ,"empurrou" o militar para a saída. Efectivamente, a novela de Tancos não poderia ter só consequências políticas, e a forma amadora com o anterior ministro da tutela, Azeredo Lopes, geriu essa novela, merecia este desfecho - inclusive o seu ex-chefe de gabinete, Tenente-general Martins Pereira, foi constituído arguido no caso do roubo das armas.
Este é um assunto que ele terá que resolver, e no mais breve trecho!
Mas há mais! Não é por acaso que António Costa tirou este coelho da cartola. O primeiro-ministro, como a maioria das pessoas informadas, sabe que o nosso modelo de defesa nacional chegou ao prazo da validade, e Tancos só acontece graças ao estado a que ela chegou - fecho de quartéis, fim do serviço militar etc.
Neste contexto, Gomes Cravinho tem o currículo para assumir a pasta da defesa internacional.
Faz bastante tempo que sigo a vida académica. Tenho formação em relações internacionais, e grande parte dos seus estudos académicos do actual ministro são nesta área. Ele conhece bem o meandros da política internacional, pelo que ele parece ser o Homem certo para assumir esta pasta. Uma pasta cuja agenda terá obrigatoriamente como objectivo principal a "renovação" da política de defesa nacional. Como seja, entre outras decisões, a reinstauração do serviço militar obrigatório.
Por vezes é preciso pensar em guerra para se manter a paz, algo que de há muito foi esquecido por estas bandas!