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Não pude deixar de reparar na nota de research do Caixa BI, do analista André Rodrigues.
Eis a nota:
S&P – Rating do BPI colocado em “Credit Watch”
Factos: A agência de notação financeira S&P actualizou a sua avaliação do Banco BPI. Neste contexto, a agência colocou o rating de crédito de longo prazo do banco de “BB-“ (moeda local e moeda estrangeira) e o de curto prazo de “B” em “Credit Watch” com implicações negativas.
Análise e comentários: No passado dia 5 de Fevereiro a Assembleia Geral do Banco BPI rejeitou o plano de Cisão apresentado pelo Conselho de Administração do Banco, com vista à separação das unidades de negócios do banco em África. Relembramos que essa proposta foi apresentada com o objectivo de solucionar a questão da ultrapassagem do limite de grandes riscos, tal como reportada pelo banco no final de Dezembro de 2014.
No relatório ontem divulgado a agência de notação S&P salienta que “as actuais divergências entre os principais accionistas do Banco BPI estão a afectar a capacidade do banco em reagir adequada e atempadamente aos requisitos regulatórios”, o que em última análise limita inclusivamente a capacidade de gestão da administração do BPI.
Trata-se de uma notícia com implicações potencialmente negativas para o banco. Tal como comentámos na sequência da última Assembleia Geral do banco, e de acordo com responsáveis do banco (citados pela imprensa) a data limite para a resolução da questão levantada pela ultrapassagem do limite dos grandes riscos em Angola é 10 de abril de 2016 pelo que se devem esperar desenvolvimentos em relação a este tema nas próximas semanas.
De acordo com o comunicado de ontem, a S&P espera tomar uma decisão relativamente a esta questão quando as medidas que o Banco BPI vier a apresentar para cumprir com este requisito, bem como as suas implicações, se tornarem totalmente claras.
Duas notas minhas: O BPI vai ter ajuda superior para resolver este impasse com a accionista Isabel dos Santos, se até lá (Abril) nada se fizer para resolver a exposição dos grandes riscos a Angola. Lisboa não é a república das bananas como poderá vir a perceber a accionista angolana. Aguardem!
O divórcio do BPI com Isabel dos Santos poderá acabar, por consequência, por se estender a Angola (mas não será a 10%, nem custará 140 milhões de euros). Aguardem!