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Não posso deixar de dizer, que ao contrário do que se escreveu por aí, os resultados do BCP não foram bons. Um banco que na actual conjuntura de baixíssima taxa de juros dos depósitos tem uma queda forte da margem financeira não tem bons resultados. A maioria dos lucros foram à custa da venda de dívida pública portuguesa. Nuno Amado apelou aos resultados recorrentes (sem esses lucros de venda de activos), mas nesses cálculos expurgou as imparidades. Mantendo as imparidades para crédito (que não são extraordinárias atenção, porque foram mesmo necessárias para o aumento de crédito em incumprimento) quanto teriam sido os resultados do BCP sem a venda de OT´s? Isso o BCP não disse, nem calculou.
Hoje o presidente do Santander Totta, de onde vem o Nuno Amado, é que pôs o dedo na ferida quando disse que Santander Totta lucrou no semestre 104 milhões de euros “sem vendas de dívida pública”.
Claro que o Santander Totta também tem umas circunstâncias muito favoráveis para obter esses lucros, é que uma parte dos custos estão imputados à casa-mãe Santander, mas mesmo assim valeu para acordar os incautos que escreveram que o BCP teve os melhores resultados dos últimos trimestres. Não admira que depois da apresentação dos resultados as acções do BCP tenham caído a pique na bolsa, é que os investidores não vão em títulos de imprensa.