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Quando leio que parte da nossa dita floresta está a arder, o que não é mais do que um conjunto de árvores, e não uma floresta na verdadeira acepção do termo, fico triste. Fico irritado quando estes incêndios, como já aconteceu destroem casas e ceifam vida humanas.
A maioria dos casos, seja por loucura pirómana ou por interesse estratégico de alguns, são fogos postos.
Porém acontece, e num contexto a todos níveis mais grave, que Amazónia – isso sim é uma floresta – está a arder há mais de meio mês a questão é bem mais grave. E o pior é que não se trata de um problema dos brasileiros e demais estados sul-americanos. O efeito é tão grave, como grave foi a ideia populista e propagandista de Donald Trump, em querer rasgar os Acordos de Paris, anunciando ao mundo a reabertura das minas de carvão nos Estados Unidos.
Vivemos em tempos diferentes, em tempos diferentemente perigosos, onde a noção de futuro parece estar fora da equação: este é o verdadeiro perigo do populismo. Pensar o presente como um absoluto em detrimento do futuro dos seus concidadãos, e o nosso também!
P.S. - Coloco aqui o comentário, e com o qual concordo em absoluto, de um amigo do facebook.
"Quando a cúpula da Catedral de Notre Dame se incendiou, foram aberturas de telejornais, horas de directos nos vários canais de informação, manifestações (justas) de pesar e lamento pela destruição de património histórico-cultural, foram angariados centenas de milhões de euros para a respectiva reconstrução...
Agora temos a Amazónia a arder há 17 dias, e não vejo aberturas de telejornais, horas de directos nos canais de informação, debates sobre o tema, etc, etc...
Um dos pulmões do planeta arde de forma dantesca e parece que é algo de normal...
Os poderes instituídos assobiam para o lado e deixam que uma catástrofe desta dimensão decorra "alegremente"...
Espero que não, mas se calhar irá chegar o dia em que perceberemos que o dinheiro não serve para comer e beber..."