Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]




Pinochet e os anos 80

por Maria Teixeira Alves, em 06.05.13

O filme é feito pelo chileno Pablo Larraín, chama-se NO e é a versão da oposição a Pinochet, mas isso não o impede de ser um belíssimo filme.

Obviamente é ligeiramente tendencioso, dá muita atenção à ditadura militar e mitiga bastante o crescimento económico do Chile que os chilenos devem ao Pinochet e que foi o grande trunfo da campanha do SÍ. Mas deixa perceber o civismo de Pinochet na transição para a democracia. O filme segue os passos da construção da campanha do NO, que saiu vitoriosa no plebiscito de 1988 (com 54% a 55% dos votos) e levou a eleições no Chile.  Hoje o Chile volta a estar liderado pela direita, o que é o reconhecimento de que a direita faz mais pelo crescimento economico do país que a esquerda. Aliás um dos pequenos pecados do filme do Larraín é ocultar a parte do vídeo da campanha do SÍ que demonstra o que era o Chile antes de 1973 quando se dá golpe militar de Pinochet. Foi o governo de Pinochet que salvou o país da guerra civil, do colapso económico e de um PREC pior que o português.

 

publicado às 02:10


29 comentários

Imagem de perfil

De Maria Teixeira Alves a 21.05.2013 às 20:45

O crescimento tem de levar em conta o ponto de partida. Se um país tem um PIB muito baixo qualquer crescimento é imenso...
Sem imagem de perfil

De Nuno Filipe Moura Rodrigues a 22.05.2013 às 03:09

O crescimento tem de levar em conta o ponto de partida. Se um país tem um PIB muito baixo qualquer crescimento é imenso...:

Não sei se é burra, ou está-se a fazer,mas se vir. também é moça de perceber, que estando muitos anos a crescer, o PIB vai aumentando e que aumentando torna as percentagens mais significativas.

Imagem de perfil

De Maria Teixeira Alves a 22.05.2013 às 11:27

"que estando muitos anos a crescer, o PIB vai aumentando e que aumentando torna as percentagens mais significativas" Ei as percentagens de crescimento mais significativas?! Se fosse assim o crescimento do PIB na Alemanha era de 6% e não de 0,1% como foi no primeiro trimestre. E como diz o outro "E o burro sou eu".

Daqui a bocadinho vou mandar-te medir o teu QI...
Sem imagem de perfil

De Nuno Filipe Moura Rodrigues a 22.05.2013 às 20:42

Vou-lhe explicar o que é significativo: 6% de 10 é menos que 6% de 100. Isto quer dizer que um crescimento constante a 6% tem um valor numérico diferente, tem maior significado em termos efectivos. Ou seja, se num ano o crescimento do PIB significa a adição de 0,6, no outro, significa de 6.

No entanto, para o crescimento ser constante (como é, mais ou menos, o de Cuba), o modelo tem de ser estável e sucedido. Coisa, que como você própria indicou, o da Alemanha não .

Não sei se é problema de ódio, de burrice, ou de iliteracia. Mas para a próxima fica o aviso: Leia com calma e atenção e dispare menos depressa. Que de tão burro que sou quase me acertava nas orelhas.

PS: É engraçado como a Nigéria ficou para trás.

Imagem de perfil

De Maria Teixeira Alves a 23.05.2013 às 00:57

Ai que idiota.... percentagem de crescimento dahh.... e isto que me estás a comentar (és um miúdo já percebi) é precisamente o que eu disse no primeiro comentário, vou repetir:

O crescimento tem de levar em conta o ponto de partida. Se um país tem um PIB muito baixo qualquer crescimento é imenso...

Sem imagem de perfil

De Nuno Filipe Moura Rodrigues a 23.05.2013 às 12:02

Você lá para chamar burro e idiota aos outros, enquanto escarra idiotice by yourself é qualquer coisa do outro mundo.

"O ponto de partida" Cubano foi há 60 anos! O PIB era baixo...há 60 anos! Dentro dos paises em desenvolvimento, Cuba é o quarto pais mais

Como pode ver, cuba tá-se pouco importando para os indicativos económicos que a OCDE e a malta adjacente considera como fundamentais: O Chile a par do crescimento do PIB, tem crescimento de desemprego (onde é que eu já vi isto?). Por sua vez, Cuba, com um crescimento sustentado desde 94 (pós queda da URSS), conseguiu, por exemplo, irradicar por completo a desnutrição infantil. Coisa que eu tenho dúvidas que o Chile tenha conseguido.

"Apesar de transferências monetárias de renda através de programas sociais procurarem amenizar o impacto da má distribuição do PIB chileno, as desigualdades ainda têm um grande impacto negativo na renda de certas camadas da população, como as mulheres, os jovens, os índios, os idosos e os habitantes de determinadas regiões do Chile.
Quando ocorreu a democratização, em 1990, 38,6% da população chilena se encontrava abaixo da linha de pobreza. Pinochet privatizou a previdência social 6 , e até hoje 39% da população - quase a metade dos chilenos - não dispõe de nenhum tipo de seguridade social 7 8 .
A privatização (da seguridade social) dissipa uma grande parcela das contribuições dos operários em tarifas pagas para remunerar as companhias de investimento. Ela deixa muitos aposentados na miséria 8 .
—Paul Krugman
A desigualdade de gênero também incide como variável no dinamismo da economia do Chile. A baixa participação no trabalho da mulher (a menor na América Latina) dificulta a redução do desemprego. Existem também grandes diferenças salariais entre homens e mulheres. A recém-eleita Presidente Michelle Bachelet prometeu tratar desse problema com profundidade. Apesar do já citado problema de desigualdade social, o Chile possui o maior IDH da América do Sul(0,878).
O país é o 30º no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial.9"

É disto que eu falo.

Se vai responder para me insultar outra vez, ou fazer deduções do foro temporal, deixe lá. Não deixe que as rugas tomem conta de si.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 23.05.2013 às 12:19

Comentário apagado.
Sem imagem de perfil

De Nuno Filipe Moura Rodrigues a 23.05.2013 às 12:45

Maria, em primeiro dizer.lhe que seria mais fácil sempre assim: Não tenho problemas em discutir os problemas, nem em discutir ideias opostas. Mas o tom de discussão séria é mais fácil, quando tornamos evidente que uma ideia diferente não é uma idiotice.

Em primeiro (e digo.o por dedução), você não esteve em Cuba nem no Chile. Esteve em Havana e em Santiago. Uma porção de dias. E diga-se, nós vemos o Santiago que queremos e a Havana que queremos. Por exemplo, para mim, o facto de as pessoas abrirem as portas é um alto indice de desenvolvimento cultural que poucos possuem. Só nisso...

O Chile é um pais mais pobre do que você está a almejar. Um centro financeiro reconvertido e modernizado não apaga as favelas, uma áreal rural imensa altamente desaproveitada, tendo ainda dois indices de clara pobreza: Um desemprego feminino enorme (e perpetuado politicamente de forma propositada) e uma carência de apoios sociais devido á privatização do sistema de segurança social. Daqui a dez anos quando der tudo o boom lá no Chile, será mais fácil lembrar isto.

Eu admiro Cuba por várias coisas e a forma como fala de Cuba, demonstras sobre a minha perspectiva um dos maiores erros á sua análise: É uma perspectiva ocidentalizante, capitalista no seu estado mais puro. Eu tenho as coisas que quero (ou posso comprar) e sem estar a fazer choradinho, acredite, preferia que ao levar a minha tia ontem ao hospital, ela não tivesse ficado internada obrigada a dormir no corredor. Admiro um pais que com dificuldades do sistema económico devido a várias variantes mantém uma porção do PIB tão alta para a educação e para a saúde. Admiro um pais que com tão poucos recursos tem uma população tão culta. E acima de tudo admiro a forma como ignoramos um sistema colectivo, que nessa visão ocidental, forçamos em centrar num homem só.

Cuba não é perfeita, está aliás longe de o ser e de a pobreza não ser uma realidade. A questão da prostituição que fala (e que é engraçado quase apagando que no Chile também a há.de haver e de forma massiva), é grave e fora de controle. É algo que tem de ser combatido de forma mais efectiva sem dúvida. A carência de bens, o combate ao embargo, uma evolução tecnológica mais efectiva. Mas por exemplo: Não quero uma havana com os torreões ao alto como as vemos em Santiago. Isso pouco tem a ver com desenvolvimento. Isso é pintura de fachada.
Imagem de perfil

De Maria Teixeira Alves a 23.05.2013 às 22:18

Não é verdade Nuno.
Imagem de perfil

De Maria Teixeira Alves a 23.05.2013 às 12:22

Não quero insultar. O que eu disse desde o príncipio é verdade, e o Nuno desmente e quando argumenta confirma.
Quanto ao Paul Krugman... não gosto dele como economista obviamente.
Mas diz que Cuba está a crescer desde 1994. Ora eu estive lá em 1997 e era de fugir a economia daquele país..... perderam o apoio dos russos não tinham nada, os carros caíam de podres, as casas não eram reconstruídas, havia por todo lado vidros partidos porque não havia no país para substituir. A iniciativa privada não existia, os cubanos não podiam ter coisas, nem ganhar dinheiro, só podia ter carro quem tivesse prestado um serviço oficial ao país.
Viviam em cada uma daquelas casas coloniais, outrora belíssimas, para aí 30 pessoas.
É verdade que não havia criminalidade, honra seja feita ao Fidel aí, mas uma pessoa entrava dentro de água e tinha dez cubanos a convidarem para ir jantar a casa deles lagosta por dez dólares (e se perguntassem que disséssemos que erámos amigos), a prostituição era um luxo concedido pelo Fidel às cubanas (que fechava os olhos), havia cubanos a pedir-me em casamento em cada esquina para poderem sair do país. É isto a Cuba que o Nuno defende. Ao contrário o Chile, e sobretudo Santiago, é desenvolvidíssimo.... coisa que não seria se lá estivesse ficado o Allende.
Sem imagem de perfil

De Nuno Filipe Moura Rodrigues a 24.05.2013 às 01:13

Não sei porquê que os comments desapareceram daqui, mas a questão do "Não é verdade" não sei ao que se dirige.

Eu digo-lhe uma coisa: Com tanta coisa, fico a duvidar que alguma vez tenha ido a Santiago, ou que tenha saido do seu circulo das maravilhas. Mas a verdade é que se eu for a Lisboa enquanto Turista, dificilmente vou para a Chelas, ou ao Porto, a Ramalde. E são tão Porto como a Cordoaria ou tão Lisboa como o Terreiro do Paço.

http://www.thecuttingedgenews.com/index.php?article=53209
Leia e veja as imagens. São na sua Santiago. E leia principalmente isto. Aposto que foi o que lhe aconteceu:

"Foreigners on business trips usually travel from Chile’s Santiago International Airport to the city’s financial center in the El Golf neighborhood via the Costanera Norte or Vespucio Norte highways. But hidden underneath these highways are the majority of Chileans from lower-class neighborhoods who are living a harsh reality far from the prosperity that the El Golf and its high-rise buildings exude. "

Mais uma coisa, mude o lema do seu blogue. Você tem uma causa e pulsa bem mais alto que o bom gosto, diga-se.

Comentar post




Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2009
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D




Links

Blogs e Jornais que sigo

  •