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Não é possível ser intelectualmente honesto e ao mesmo tempo criticar o discurso do Presidente da República. Cavaco Silva fez um discurso sensato, inteligente e apelou ao consenso político, e olha-se à volta e os opinion makers, os políticos, a oposição, os jornalistas, Pacheco Pereira e António Costa dizem mal do discurso porque é um apoio ao Governo e as pessoas querem é deitar o Governo abaixo, querem lá saber do país, querem é deitar o Governo abaixo, por melhor que seja o Governo querem deitá-lo abaixo, porque não faz os favores que interessam.
Ao menos valha-nos António Lobo Xavier. O único inteligente, de facto.
Deixo aqui algumas das passagens do discurso do Chefe de Estado do país:
«Significa isto que, depois do Programa de Ajustamento, Portugal, à semelhança de todos os outros países da Zona Euro, continuará sujeito a um acompanhamento rigoroso por parte das autoridades europeias, de modo a garantir o cumprimento das regras de equilíbrio orçamental e de sustentabilidade da dívida pública.
Neste cenário, é uma ilusão pensar que as exigências de rigor orçamental irão desaparecer no fim do Programa de Ajustamento, em meados de 2014».
«Ao dramatismo de várias situações de carência, os Portugueses têm respondido com um exemplar trabalho de entreajuda e com uma extraordinária solidariedade.
Os consensos políticos e sociais alcançados contribuem para vencer os desafios que Portugal enfrenta e também para o modo positivo como os credores e os mercados avaliam a execução do Programa de Assistência Financeira».
«É essencial que, de uma vez por todas, se compreenda que a conflitualidade permanente e a ausência de consensos irão penalizar os próprios agentes políticos mas, acima de tudo, irão afetar gravemente o interesse nacional, agravando a situação dos que não têm emprego ou dos que foram lesados nos seus rendimentos, e comprometendo, por muitos e muitos anos, o futuro das novas gerações.»