Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Ao contrário do que diz uma escritora da moda, eu acho que há coincidências. As histórias de vida são resultado de coincidências. Pouco mais há que coincidências.
Pouco mais há que coincidências, mas há coisas que não resultam do acaso....
Armando Vara e Mário Lino são homens de Sócrates. Cumplices do seu percurso no PS até à sua chegada a primeiro ministro.
A CGD, banco do Estado, para se safar de uma dívida incobrável e sem garantias de Manuel Fino, ficou com 10% da Cimpor. Dívida essa que resulta de um empréstimo concedido a Manuel Fino no tempo de Vara na Caixa.
.
Um dia um raide à Cimpor vinda da CSN pôe a Camargo Corrêa na corrida. Os brasileiros contratam a VdA como advogados.
A Votorantim, que tem Francisco Sá Carneiro como advogado, também avança. Juntos (Votorantim e Camargo) compram a Cimpor.
Negociações para trás e para a frente e a CGD fica com o poder de escolher o presidente não executivo.
Faria de Oliveira escolhe Luís Palha.
Mas Sócrates telefona a dizer que esse lugar é para Mário Lino.
Por causa da indignação pública e da (feliz) teimosia de Faria de Oliveira, escolhem outro socialista menos "descarado", Castro Guerra.
Entretanto Sócrates que tem como advogado Proença de Carvalho, impõe que este advogado partilhe com a VdA a assessoria à Camargo, cimenteira brasileira.
E em Setembro de 2010, já longe dos holofotes da imprensa, Armando Vara assume a presidência da Camargo Corrêa, mas longe daqui, para não trazer a Face Oculta à memória: África (Angola e Moçambique). Como se alguém acreditasse que uns senhores no Brasil se lembrassem de contratar um português envolvido no caso Face Oculta para presidir às suas cimenteiras em terras africanas.
Já antes, era A. Vara quem estava na CGD quando o banco do Estado desatou a dar empréstimos, sem garantias, aos accionistas do BCP que se
guerreavam em AG, pela saída dos ex-administradores. Foi assim com Berardo e também com Manuel Fino.
Pode dizer-se que se estes empréstimos não foram bons para a CGD, renderam muito a Armando Vara. Pois deram-lhe dois empregos, um no BCP e um na Camargo Corrêa.
Não fosse a Polícia Judiciária e a sua Face Oculta e tudo tinha corrido bem nesta cadeia....