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"A ONU apresentou ao Governo e a várias autoridades uma proposta de renegociação da dívida total pública e privada e da condições do resgate da troika".
"Dirigimos programas onde este paradigma do ajustamento já foi aplicado com resultados muito graves e onde foi preciso depois injectar capitais das Nações Unidas".
"O que propomos é separar claramente a dívida que resulta da má gestão política dos governos locais da que é da responsabilidade das autoridades europeias"
"Falámos com todos os órgãos de soberania (...) alguns disseram que assinariam por baixo e delegariam na ONU a negociação [da dívida com a troika]"
"Não é normal que um país com o nível de endividamento e o desvio no défice orçamental que Portugal já tinha, e no meio de uma crise de dívida que o país vivia, o governador do Banco de Portugal tenha sido eleito vice-presidente do BCE"
Expresso 22 de Dezembro.
Como é que é possível que tenham engolido esta?
Bastava ler estas linhas para ver que se tratava de um autodidacta. Jamais um representante da ONU se atreveria a criticar a carreira profissional de Vítor Constâncio, por exemplo, isto é obviamente um tema típico de conversa de café. Também é óbvio que pedir para renegociar a dívida total pública e privada só pode ser opinião de um leigo. E por aí fora. Não admira que alguns jornalistas (muitos também autodidactas) se tenham revisto nesta opinião generalista e de senso comum que este Artur Baptista da Silva expressou.
É caricato olhar para esta crónica, mas ainda é mais caricato que Nicolau Santos, depois de elogiar a opinião se desminta a si próprio pedindo desculpa aos leitores por a ter emitido.