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Viewed from a historical perspective, our present situation shows all the hallmarks of a prerevolutionary period: increasing asymmetries between the business models of many societies and the resources they depend on, between rich and poor, between movable capital and local populations, between conspicuous consumption and social solidarity. In societies actively undermining the foundations of their continued existence - both economically and philosophically speaking - the occurence of some kind of dramatic collapse seems to be only a question of time.

Philipp Blom

publicado às 12:32

Vem isto a propósito de um artigo que li no meu Jornal Económico, do Pedro Gouveia Alves: "Pessoas felizes desenvolvem um clima organizacional propício à obtenção de resultados. E os resultados motivam as pessoas que os formam. Tão simples quanto difícil e complexo". Tão verdadeiro.

Muito se tem falado do problema das fracas elites e dos maus gestores em Portugal. Há muito bons gestores neste país, mas também é verdade que subsistem muitos maus gestores em Portugal, com métodos de gestão subdesenvolvidos e impreparados. Os chamados gestores por acidente.

A primeira qualidade de um gestor é ter um bom coração, ser bem intencionado, proteger a sua equipa como se fossem seus parentes. Esta é, das qualidades que um gestor deve ter, a mais essencial e a mais inteligente.

Gerir é motivar, defender, impulsionar o desenvolvimento das melhores skills de cada pessoa. É fazê-la sentir feliz no local de trabalho, tal como refere o artigo do Pedro Alves.

Um bom gestor está sempre atento a tudo e só intervém quando é preciso orientar. Um bom gestor é organizado, não deixa nada ao acaso. Um bom gestor não dificulta a comunicação, pelo contrário fomenta-a.

Um bom gestor é um visionário.

Um bom gestor não cultiva desconfiança sobre os membros da sua equipa, não assume posições persecutórias. Pelo contrário fomenta a confiança, o respeito pelo trabalho de cada um dos seus colaboradores.

Nesse aspecto o aperfeiçoamento na lei da questão do assédio moral foi um passo importante no sentido de uma sociedade mais evoluída.

É quase um clássico que os maus gestores queixam-se da lei laboral em Portugal.

Alguns porque vêem a função de gestor como uma função de capataz da roça em que é preciso castigar, como faziam os capatazes das fazendas antigas que imprimiam um clima de medo com o acto de chicotear e de preferência em público.

A outros porque lhes incomoda que a lei laboral os impeça de ter um poder absoluto, o poder substituir pessoas que não confiam por amigos.

Os maus gestores tendem a confundir a sua função hierárquica com a da entidade patronal. 

É evidente que a lei laboral está bem feita, isso mesmo tem sido reconhecido pelas confederações patronais e por muitos gestores. Defender o trabalhador é a função da lei laboral, não é defender a entidade patronal. Essa não se defende com a lei laboral mas sim com cortes nos impostos que as empresas têm de pagar ao Estado para contratar e com a redução das comparticipações à Segurança Social. O custo laboral sim é um entrave, não a lei laboral, essa está mais do que justa para ambas as partes.

Agora a lei laboral não pode estar ao serviço da má gestão que procura culpados para tudo. Nem pode ser instrumento de gestores impreparados.

Só os maus gestores é que, para disfarçar as suas fragilidades, tentam impor regras internas que não estão plasmadas nos códigos laborais e no Contrato Coletivo de Trabalho.

A política de mérito é muito importante, mas para ser eficaz e não ser mais um instrumento ao serviço das atitudes persecutórias, a avaliação desse mérito deve ser feito em outsourcing com os mecanismos de avaliação de desempenho feitos por profissionais de recursos humanos. Por métodos quantitativos e qualitativos, recorrendo à análise de conteúdo das respostas subjetivas. Isto é, de forma profissional.

 

publicado às 10:32

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O jornalismo e a informação são serviço público, pelo que não podem desaparecer por falta de rentabilidade. Mas hoje assiste-se a um fenómeno: nunca ninguém gostou tanto de notícias como agora (deve-se isso às redes sociais), mas também nunca tão poucos quiseram pagar por isso. É mesmo um hábito cultural porque mesmo as pessoas com dinheiro evitam ao máximo pagar para ler notícias.

Agora que se discute que papel pode ter o Estado para assegurar o futuro dos media privados, o que eu defendo é que isso é possível se for sobre a forma de medidas legislativas. Como uma taxa como a que existe do audiovisual.

As operadoras de telecomunicações não pagam uma taxa para o setor do cinema e audiovisual? O Governo não  recompensa a RTP pelo serviço público de televisão com uma Contribuição para o Audiovisual [a taxa é cobrada na fatura da luz]? Então, porque não pensar numa coisa nos mesmos moldes para salvar os media?

Por exemplo, a conta de telemóvel ou da internet já incluirem no preço uma taxa que dá direito à subscrição de um jornal à escolha do cliente. Porque não?

Podem também haver incentivos fiscais à compra e subscrição de jornais (em papel e online). Ora, se nós descontamos no IRS as faturas dos cabeleireiros, dos restaurantes, das oficinas, porque não descontar faturas de jornais e de subscrição de onlines?

Porque razão as instituições do Estado não assinam jornais? É outra forma de ajudar os media.

São tudo coisas que podem ser feitas sem ter medo de ser posta em causa a independência dos jornais.

Da parte dos privados, a possibilidade de vender notícias avulso, por umas dezenas de cêntimos, através de um click, com o pagamento a ser englobado na conta do fim do mês do telefone, pode ser uma solução.

Depois é preciso um regulador forte e eficaz que seja capaz de impor regras às "revistas de imprensa" e ao clipping. Por exemplo, porque razão as empresas de clipping não contribuem com uma taxa para os media (como medida legislativa)? É outra forma de ajudar os media.

Outra medida possível: incentivos fiscais ou ao nível da contribuição para TSU para empresas de media que contratem jornalistas. Ou medidas fiscais (em sede de IRC) para empresas que anunciem (ponham publicidade) nos jornais.

Há muita coisa que pode ser feita pelo Estado sem comprometer a independência da comunicação social. Um visto gold para não deixar morrer o jornalismo precisa-se! 

 

 

publicado às 23:09



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