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Os resultados da primeira-volta das eleições brasileiras, e um pouco como tem acontecido um pouco por todo o lado, provam que a sociedade está fragilizada, que a democracia está fortemente ameaçada por cenários políticos cada vez mais “bicolor”. Preto e branco!
As forças políticas mais centrais e de continuidade perderam a sua influência, vendo os seus eleitores a migrarem para outras paragens ideologicamente mais vincadas. A segunda-volta entre um candidato da extrema-direita e um da extrema-esquerda é um bom reflexo disto mesmo. E seja qual for o resultado será sempre mau para um país com a dimensão e importância do Brasil.
A entrega do Nobel da Paz a uma escrava sexual e ao congolês Denis Mukwege está bem entregue, e ainda por cima quando o sexo, ou melhor os abusos sexuais estão na moda graças os avanços do movimento #Me Too, até porque, como bem escreve o editorialista do Público, “numa altura em que o mundo desenvolvido se debate com os avanços do movimento #Me Too, esta atribuição é um incisivo alerta para que tenhamos presente que a afirmação do poder através do sexo é milenar, universal e um abismo de horrores que deve passar a ser intolerável para a Humanidade.”
Neste sentido, e como costuma ser o seu apanágio, a entrega do Prémio Nobel da Paz a Denis Mukwege e a Nadia Murad é um lição ao mundo que ainda respeita os valores. E uma chapada a quem acha que através da violência sexual tudo consegue.
Há depois o caso Cristiano Ronaldo e as suas diversas consequências.
Se lermos as acusações, tal como são feitas na imprensa, já que os jornalistas surgem como os guardiões da moralidade no século XXI, CR7 parece estar condenado, moral e civilmente. Pode estar feito ao bife, passando o seu “momento de nojo” atrás das grades em Las Vegas. Se for verdade ele que se lixe. Porém não acredito. É uma conspiração bem urdida contra o nosso grande jogador, a pagar (porventura) as favas por ter saído do Real de Madrid. De facto, e do meu ponto de vista, a história parece estar mal contada, até porque só conhecemos uma versão da mesma: da suposta vítima.
A violação é depressível. É feita mediante a força, numa atitude unilateral. Não estou a ver o jogador de futebol numa atitude semelhante, a fazer sexo à força. A cachopa à boleia do #Me Too tenta a sua sorte, procurando através de uma história com 9 anos, ganhar o “seu” euromilhões.
Shame on you!
Charles Aznavour - 1924-2018