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Bruno de Carvalho e o paradigma de como a vaidade mata

por Maria Teixeira Alves, em 27.06.18

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A Agustina disse uma vez que o reconhecimento social deve começar com um duelo. Bruno de Carvalho começou a sua presidência do Sporting com um duelo: contratou o treinador estrela do clube rival: Jorge Jesus. Enfrentando ventos e marés (vindo mesmo dos sportinguistas, o que não se compreende).

Começou bem e foi um presidente bom para o clube quando com coragem denunciou o caso dos vouchers do Benfica aos árbitros. Foi uma pedrada no charco num clube de meias tintas que já ia em sétimo lugar.

Com a ajuda de José Maria Ricciardi reestruturou a dívida do clube e conseguiu meios para construir um plantel de primeira água.

Fez muitas outras coisas excelentes que agora não vou enumerar (ao nível das outras modalidades e não só), e apesar de tudo quando saiu deixa o Sporting num honroso 3º lugar que podia ter sido um segundo lugar ou mesmo um primeiro.

Mas, a vaidade assolou-o e a coragem que foi crucial para pôr o Sporting nos lugares cimeiros, acabou por o levar à morte e à ruina do clube. A coragem transformou-se em agressividade, virou um pistoleiro sem lei, sucumbiu à luta de classes, e a luta de classes é sempre a revelação de certo ressabiamento desagaradável (seja em que direção for essa luta de classes). 

Não foi sensato, punha-se em desabafos infantis no Facebook. atacou jogadores (mesmo que tivesse razões de queixa, a roupa suja lava-se em casa), com isto faltou ao respeito ao melhor ativo do clube.

Bruno de Carvalho demonstrou não ser inteligente, nem ter maturidade para lidar com as adversidades. Não se pode ser presidente de um clube sem estar preparado para ataques vindos às vezes da própria família. A mágoa não pode toldar o pensamento. Faltou-lhe a inteligência emocional (na definição de Daniel Goleman). Atacou de forma grosseira os jornalistas, mas depois não vive sem eles.

Depois há palavras que matam e uma vez proferidas são irreversíveis. Bruno de Carvalho não sabe isso. Foi pena. Tenho a certeza que não faltou quem tivesse tentado refrear a testoterona, e travar as considerações ridiculas (com desabafos e referências à sua vida pessoal, mas quem é que queria saber disso?) e ressabiadas. Mas não se pode pedir o que não está na sua natureza dar. 

Muitas vezes apetecia dizer-lhe "Bruno, menos, menos".

Sai derrotado e perde até os créditos para no futuro, quando for mais velho, voltar à carga. 

Espero que o Sporting volte um dia à ribalta, mas desta vez com alguém que consiga liderar com coragem sem sucumbir à vaidade.

publicado às 01:40

Mortos vivos, mas vitoriosos.

por António Canavarro, em 20.06.18

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Ver Portugal a jogar à bola é um sofrimento atroz. Não é possível ver tantos "zoobies" a tentarem jogar à bola. Faz mesmo lembrar um sucesso televisivo: The Walking Dead.

Não fora, o Cristiano Ronaldo a marcar e o Rui Patrício com uma defesa fenomenal, o caldo estava entornado e, para mim, o resultado é bom mas injusto!

Assim não vamos longe.

 

P.S. - A primeira fase de qualificação no Europeu de França, que acabaríamos por ganhar, também não foi famosa.

Será isto um prenuncio que o país, lá para Julho, entrará em euforia?

publicado às 16:28

Ricardo Paes Mamede não gosta de Juncker e eu também não

por Maria Teixeira Alves, em 01.06.18

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Ricardo Paes Mamede, falava no programa 360º da RTP 3: "Itália é o único país da União Europeia que teve saldos primários positivos nos últimos 23 anos, desde 1995 (com excepção de 2009 quando houve a grande crise, mas mesmo assim teve saldos primários mais elevados). Os saldos primários (receitas-despesa (sem juros)) de Itália são 5 vezes acima da média da UE. Se há país que fez um esforço hercúleo para reduzir a sua dívida foi a Itália, à custa do crescimento do PIB. Itália tem o PIB praticamente estagnado. É o único país da UE que reduziu o PIB per capita em termos reais, desde a entrada em vigor do euro (Portugal ficou praticamente ela por ela)".

Jean-Claude Juncker, Presidente da Comissão Europeia, disse hoje um disparate, lembrou o economista: "o problema é de itália, acabem com corrupão".A frase foi: "Mais trabalho, seriedade e menos corrupção". Isto apesar Juncker ter estado envolvido com o escândalo dos acordos fiscais secretos no Luxemburgo,quando era primeiro-ministro, que permitiram a várias multinacionais poupar milhões em impostos.Mas, lembra Paes Mamede, Itália cumpriu o que a UE lhe pediu, e o resultado está à vista: tem um terço da juventude desempregada; tem uma taxa de desemprego de 10% há muitos anos. Isto apesar da industria ter sido toda privatizada em Itália. 

O Itália beneficou de juros mais baixos, mas é um país que não tem onde investir e a procura interna está a comprimir-se.

O problema está na arquitetura do funcionamento da União Europeia, disse Paes Mamede.

publicado às 22:34


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