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Quanto mais vejo o Marcelo Rebelo de Sousa no seu estilo de Presidência da República aberta, mais me convenço que o Homem vai ficar lá para sempre. Descobriu o segredo da alquimia de agradar. 

Não há uma crítica que sequer raspe ao de leve aba do seu casaco. Aquilo é um talento. Vai ser um presidente eterno. Uma espécie de Rei "à la mode républicaine".

publicado às 02:17

A fénix de Belém

por António Canavarro, em 18.10.17

 

No outro dia, no meu facebook, escrevi e cito: "Porque será que Portugal rima com fénix? Fónix... Para isto".  E não é que rima? 

Ontem, e de forma a meu ver brilhante, Marcelo Rebelo de Sousa, deu razão a esta criatura mítica. Porque, como o pássaro, que na mitologia, grega sempre morria renascia das próprias cinzas, ele também deu provas de estar bem vivo, e que assim se mantenha. É bom para Portugal e os portugueses!

 

publicado às 10:35

O povo morre mas é sereno

por António Canavarro, em 17.10.17

fogos.png

Eu era miúdo mas ficaram na memória as palavras do Almirante Pinheiro de Azevedo: "O povo é sereno, isto é só fumaça".

O povo português é demasiado sereno e não é só fumaça. Nos fogos de Pedrogão Grande morreram dezenas de portugueses e em condições horrendas. Este ano arderam milhares de hectares da floresta portuguesa, com prejuízos incalculáveis. Neste domingo o fogo, ou melhor os incendiários - onde se viu um incêndio que deflagrou às duas da manhã?- , matando compatriotas nossos, destruindo fábricas e com consequências sociais e humanas únicas!

A ministra queixa-se que não teve férias! Uma atitude que demonstra, como escreve hoje António Esteves, que ela não tem condições para se manter no cargo: demita-se e vá de férias para bem longe!

Mas o povo é sereno, mesmo quando o povo morre. Na Galiza morreram 4 pessoas e milhares foram para a rua, exigindo "uma mudança na política florestal do Governo Regional da Galiza e a demissão da do presidente regional, Alberto Núñez Feijóo, que acusaram de incompetência na defesa das populações." Por aqui não acontece nada: ou melhor: criam-se contas de solidariedade, fazem-se concertos para angariação de fundos, fundos que ao que parece nem se conhece o rasto.

O povo é sereno. Merda para tanta de serenidade!

 

P.S. - Este mapa, encontrado em https://fogos.pt, é esclarecedor do estado a que nosso país chegou!

publicado às 11:39

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"Há vários sinais de alarme em Rui Rio", disse Pedro Mexia, no Governo Sombra, a propósito da afirmação do candidato à liderança do PSD de que o partido não era de direita, por necessidade de posicionar o PSD ao centro. Dizer que o PSD não é direita é dizer que o PSD é centro esquerda. 

Então isso significaria que quem não é de esquerda é do CDS apenas (aquele foi um dia em cheio para o CDS). É evidente que não há só 10% de direita em Portugal. Ou então pior, as pessoas de direita e de centro direita estão a votar enganadas num partido que não defende os seus valores. 

O PSD é do PPE faz parte da família europeia dos partidos conservadores e democrata cristãos. Logo é um partido de direita, por muito que isso desagrade a Rui Rio que parece querer um PS com outro nome só para poder ganhar eleições. Isto é, no cenário de Rui Rio os partidos no poder eram os mesmos, a alternância seriam apenas as pessoas que assumiriam o lugar mais desejado de primeiro-ministro. Parece-me non sense.

É terrível confinar à social democracia as preocupações sociais. Muitas áreas políticas têm preocupações sociais. A direita tem preocupações sociais. A Democracia Cristã tem preocupações sociais.

A social democracia no sentido literal do termo é aquilo que é o PS, tal como o SPD alemão de Martin Schulz. Logo o PSD de Rui Rio é um PS com outras pessoas e com outras cores. 

publicado às 01:42

Agora que Passos decidiu sair já se pode elogiar?

por Maria Teixeira Alves, em 15.10.17

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A decisão de saída de Pedro Passos Coelho parece ter sido o trigger que faltava para se partir para os elogios. Vem isto a propósito de ter ligado a televisão e ter ido parar ao Eixo do mal, e, antes de mudar para o Governo Sombra de outro canal, ainda ouvir de relance Clara Ferreira Alves a reconhecer o mérito de Pedro Passos Coelho ter tido a coragem de dizer 'não' a Ricardo Salgado. A reconhecer que se o PS tivesse no poder talvez o Estado tivesse ajudado mais uma vez Ricardo Salgado. Mais. Ouvia-se em pano de fundo Daniel Oliveira a reconhecer que o BES não tinha solução naquela altura.O que vai em sentido em contrário à narrativa do Governo atual e de toda a esquerda, quando chegaram ao poder, altura em apontavam armas a Passos e ao Governador do Banco de Portugal por causa da Resolução do BES.

Em Novembro do ano passado António Costa veio acusar o PSD de ter destruído o BES dizendo: "O que é absolutamente irresponsável, é a postura do PSD que, enquanto Governo, procurou esconder dos portugueses a situação em que se encontrava o sistema financeiro. Por sua responsabilidade, destruiu um banco como o BES, conduziu à destruição de um segundo banco, caso do Banif".

Na altura esta declaração (que à luz do que se sabe hoje soa a erro de cálculo de António Costa) suscitou da vice-presidente do PSD, Maria Luís Albuquerque, a pertinente pergunta: "Se fosse o actual Governo daria indicações à CGD para dar dinheiro ao BES?". Esta pergunta continua a ser atual e foi hoje repetida pela jornalista que comenta naquele programa da SIC. Qual teria sido a atitude deste Governo se Ricardo Salgado fosse pedir 2,5 mil milhões de euros (da CGD) para salvar o GES? Teria um qualquer Diogo Lacerda Machado ir salvar o BES?

Perante as críticas do primeiro-ministro temos de concluir que se fosse António Costa primeiro-ministro em 2014 teriam sido entregues milhares de milhões de euros de dinheiro dos contribuintes a Ricardo Salgado para evitar a falência do GES e por essa via evitar a resolução do BES (uma coisa está intimamente ligada à outra apesar do ring fencing determinado na altura).

Foi preciso uma acusação do Ministério Público a José Sócrates, Carlos Santos Silva e a Ricardo Salgado ( a 28 arguidos ao todo), para que afinal se reconheça o mérito da coragem de Pedro Passos Coelho e de Maria Luís Albuquerque se terem recusado a ceder ao banqueiro. 

Vale a pena recordar que Passos Coelho teve duas reuniões com o líder histórico do Banco Espírito Santo (BES), a 7 de abril e a 14 de maio de 2014, sendo que a segunda audição "tinha o propósito de sensibilizar e procurar o apoio do Governo para um plano de financiamento visando acudir ao desequilíbrio económico-financeiro do Grupo Espírito Santo (GES)". O plano apresentado por Ricardo Salgado, como sendo de saneamento do setor não financeiro do Grupo, pressupunha a disponibilização de linhas de financiamento de longo prazo suportadas por troca de ativos entre diversas entidades bancárias, particularmente a Caixa Geral de Depósitos [CGD]. A ideia geral parecia ser a de dar tempo ao GES para gerir melhor a sua carteira de ativos, de modo a garantir uma valorização adequada desses ativos e, assim, fazer face às elevadas responsabilidades de curto e médio prazo, ao nível da dívida emitida por várias empresas da área não financeira do GES. 

Pedro Passos Coelho respondeu que "tal plano, no que respeitava ao Estado, não teria viabilidade tendo em conta variadíssimos aspetos, entre os quais o elevado risco, não aceitável, a disseminar pelo sistema financeiro, bem como a prática impossibilidade de bancos que tivessem sido recapitalizados com recurso a fundos públicos virem a obter, quer do BdP [Banco de Portugal], quer da DG Comp [Direção Geral da Concorrência da Comissão Europeia], aprovação para operações desta natureza e envolvendo valores tão elevados", segundo consta da sua resposta à Comissão de Inquérito. Estamos a falar de um número em torno dos 2,5 mil milhões de euros.

A resposta de Pedro Passos Coelho a Ricardo Salgado, segundo o seu autor foi a seguinte: "Em qualquer caso, afirmei que o Governo nunca interferiria diretamente na avaliação e na decisão que a CGD viesse a fazer do caso concreto, nesta como em quaisquer outras matérias respeitantes a decisões que só devem caber à sua administração na área económico-financeira da sua esfera de intervenção". Passos Coelho revelou também aos deputados que, nesse encontro com Ricardo Salgado, lhe recordou "a informação veiculada pelo senhor governador do BdP [Carlos Costa] quanto ao 'ring fencing' [perímetro de proteção] do BES relativamente à exposição do banco às entidades não financeiras do GES". E "recomendei, em qualquer caso, que quanto mais cedo o GES iniciasse uma abordagem prática e direta com os seus principais credores no sentido de organizar o eventual incumprimento melhor seria para todos e também para minimizar o impacto na economia nacional". Passos Coelho disse ainda que aconselhou o então presidente do BES "a tratar destas matérias" com Carlos Costa.

Repare-se que no primeiro encontro, sem mais ninguém presente, Passos Coelho relatou que o ex-presidente do BES lhe "transmitiu a sua opinião geral sobre a evolução macroeconómica positiva no país, consubstanciada na análise do seu próprio banco e que lhe transmitiu também a sua apreensão pela forma como o BdP vinha exercendo as suas funções de supervisão no que respeitava ao BES e à sua equipa de gestão".

Segundo o então primeiro-ministro, as "observações críticas" de Ricardo Salgado constavam numa carta que este teria enviado a Carlos Costa e que lhe mostrou. "Dado que a supervisão bancária é matéria da estrita competência do BdP, registei as opiniões que me foram transmitidas mas, naturalmente, elas não conduziram a qualquer diligência, como de resto não tinham de conduzir", frisou na altura Pedro Passos Coelho.

Só na segunda reunião surgiram os pedidos de dinheiro concretos, que de resto Ricardo Salgado acabou por, perante a recusa do Governo, ir arranjar noutros sítios, leia-se clientes particulares, em Portugal e fora, e a empresas como a Portugal Telecom. Portanto é fácil antever que teria acontecido à CGD o mesmo que aconteceu à PT. Se há alguém a quem devemos a salvação do setor financeiro foi, portanto, a Pedro Passos Coelho, e não o contrário do que tem vindo a dizer na opinião contaminada pela narrativa socialista.

Mas foi preciso a sua demissão de líder do PSD para que os críticos a Passos passassem a elogiá-lo. A acusação a Sócrates e à rede de influência que se estabeleceu na altura em Portugal, perante o silêncio daqueles que veemente criticaram Passos Coelho, pesou nas consciências. Por isso a saída de Passos foi o gatilho dos elogios que afinal todos "no peito" calavam por motivos políticos. É isto que me parece retirar-se de todos os elogios proferidos e escritos pelos mais insuspeitos autores, jornalistas e opinion makers, que eram antes fortes críticos ao ainda líder do PSD. É caso para dizer que é preciso morrer para ser reconhecido, porque em vida as qualidades esmagam os contemporâneos.

publicado às 00:12

O Zé é que tem razão!

por António Canavarro, em 13.10.17

 

O filósofo José Gil escreveu um brilhante livro / ensaio sobre Portugal e os portugueses, a que deu o nome "Portugal, hoje o medo de existir". Recordo-me lindamente que o livro foi particularmente mal recebido por certas forças, inteligências, à esquerda. Lembro-me, também, da reacção do sociólogo Boaventura Sousa Santos a este livro: ele estava furibundo!.

O livro, editado pela primeira vez em 2004, continua actual. Este medo existencialista, i.e, de profundo receio com os "dias de amanhã" é eterno. Se calhar é da massa que somos feitos.

Escrevo isto, e passados já uns dias sobre a vitória de Portugal contra a Suíça e apuramento para o mundial de futebol a ter lugar na Rússia, depois ter ter visto a molde humana, que enchia os Estádio da Luz" a cantar, no fim do jogo, de pulmões bem cheios, a Portuguesa. Até parecia que tinham já ganho o campeonato. Se calhar até sim, mesmo que sejamos eliminados na primeira ronda. Em suma: por aqui o futuro é sempre uma incógnita. Não era este, também, o espírito dos navegadores portugueses, pois ninguém sabia para onde ia, quando "Deram Mundos ao Mundo", como enfatizou Fernando Pessoa, na Mensagem?

publicado às 15:51

Rir é o melhor remédio

publicado às 12:33

Quantos laranjinhas existem?

por António Canavarro, em 13.10.17

 Fica uma pergunta existencial, porque sempre fui social-democrata: quantos laranjinhas existem em Portugal?

publicado às 11:20

Tudo (a)normal!

por António Canavarro, em 12.10.17

 

 

Há por ai muita gente que gosta do Donald Trump. Eu não. Não há nada dele que eu goste. Ou melhor até há: a guerra surda – é a nova versão da Guerra Fria – com o regime da Coreia do Norte. Parece ser uma comédia, mas não sem ponta de graça. Ao menos estamos bem longe desse cenário!

O que parece também ter graça, pois soa a piada de mau gosto, como a Administração Trump já nos habituou,tal como demosntra a notícia de hoje, segundo a qual EUA abandonam a UNESCO, a organização mundial para a protecção do Património Cultural entre outras valias.

A decisão, como se lê no comunicado deve-se ao facto, e passo a citar: “"(…) reflecte as preocupações dos Estados Unidos com o aumento das dívidas na UNESCO, a necessidade de reformas fundamentais na organização e o preconceito contínuo anti-Israel na UNESCO"

Mas há na UNESCO um “preconceito contínuo anti-Israel na UNESCO"? Não fazia ideia. Se calhar é o mesmo preconceito que Trump tem com as alterações climatéricas demonstradas na sua necessidade de rasgar o Acordo de Paris?

Para ele o património seja cultural ou atmosféricos são para ir para o lixo. Aliás não foi isso mesmo o que fizeram os fundamentalistas do ISIS quando destruíram património da humanidade. Pois é! Portanto qual é a diferença dele dos demais loucos que pairam por ai? Zero! É tudo farinha do mesmo saco e eu não tenho saco para tanta anormalidade!

 

 

publicado às 15:58

Ainda a Catalunha, porque merece ser lido!

por António Canavarro, em 12.10.17

 Imagem da autoria de Enrique Flores

Este texto, publicado no El País, é uma excelente análise do que se passa em Espanha e da forma como este episódio de uma lona novela poderia ser resolvido.

Os autores, os historiadores Josep M. Fradera  e José María Portillo, compram-no com o que se passou na tentativa de secessão de Quebec.

Vale a pena ser ldio

publicado às 11:29

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