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Recomendado por António Lobo Xavier

por Maria Teixeira Alves, em 29.10.15

A propósito da tomada de poder de António Costa, que forma um governo que não emana das eleições, mas sim do Parlamento.

publicado às 23:36

Já não há paciência para o argumento do PPM

por Maria Teixeira Alves, em 29.10.15

De cada vez que aparece um socialista a comentar a aliança à esquerda com o PCP e Bloco de Esquerda (partidos que defendem a renegociação da dívida, a saída do euro e da Nato) vem com o argumento que já houve um governo que teve como coligação o Partido Popular Monárquico e que nem por isso tentou restaurar a monarquia. Caramba, mas há alguma comparação possível? Em primeiro lugar a Aliança Democrática (famosa AD de Francisco Sá Carneiro) foi uma coligação de centro-direita, formada em Portugal em 1979 pelo Partido Social-Democrata (PPD/PSD), pelo Centro Democrático Social (CDS) e pelo Partido Popular Monárquico (PPM) e reformadores.Teve como grande impulsionador o líder histórico do PSD, Francisco Sá Carneiro bem como os líderes do CDS, Diogo Freitas do Amaral e do PPM, Gonçalo Ribeiro Teles. Portanto o PPM (que tinha essencialmente no programa a defesa da nação, da terra, anti-federalismo europeu) entra para o Governo muito antes da entrada de Portugal na CEE (1985). Depois disso nunca mais teve expressão governativa, 

Depois o PPM fez parte de um Governo legislativo, coisa perfeitamente compatível com uma monarquia, ou com as ambições de uma monarquia. Não podia o PPM restaurar a monarquia só porque tinha isso no programa do Governo, porque a monarquia está vedada constitucionalmente. Portanto quem convida o PPM para o Governo, ou quem votou no PPM podia identificar-se com a causa monárquica, mas não votou nele na esperança que a monarquia fosse restaurada. Porque isso era impossível a um partido. A Constituição para ser alterada exige a conjugação da maioria dos deputados de várias forças partidárias. 

Não tem nada a ver com o PCP e o Bloco. Porque a renegociação da dívida aos credores europeus não precisa de alterações constitucionais. 

Chega de clichés que apesar de ben trovatos, no son vero!

Vamos lá a falar a sério. Onde é que está o acordo PS/PCP e BE? O que é que o PS prometeu a cada um desses partidos? É que o mais provável é que para formar a AD não tenham sido precisas tantas reuniões... 

 
 

 

publicado às 23:05

Sem comentários

por António Canavarro, em 29.10.15

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publicado às 15:55

E ele já tem um "lápis azul"

por António Canavarro, em 29.10.15

 

 

publicado às 11:43

Há no ar uma leve sensação revolucionária. Sente-se ao longe uma ameaça. As pessoas já não se sentem seguras nem têm confiança naquilo que confiavam antes. Há uma sensação de que tudo pode escapar, e que qualquer coisa antes vista como marginal pode passar a ser legítima, mesmo o mais impensável que é ver um derrotado nas eleições chegar ao poder com um golpe palaciano que toda a gente agora ou por medo, ou porque o seguro morreu de velho, lhe chama democracia.

Hoje Fernando Ulrich, outrora o l´enfant terrible da banca, o banqueiro referência que punha ordem nisto quando falava para a imprensa, o banqueiro de direita, que nunca escondeu ser, disse (fiquei pasmada) a propósito do que se está a passar, "que é bom ao longo do tempo, numa democracia madura e adulta que toda a população, pelo menos algumas vezes se sinta representada, que se reveja em quem está no Governo e participa activamente na tomada de decisões", numa clara alusão aos partidos PCP e Bloco de Esquerda que estão a negociar saltar para o poder com o PS, que vai formar Governo.

Meu Deus ao que isto chegou! Até Fernando Ulrich está conformado.A fragilidade dos confrontos accionistas na sua casa [BPI] talvez tenham retirado ao banqueiro aquela força contestatária de antigamente (o que é perfeitamente compreensível neste contexto).

Era o banqueiro destemido que não se preocupava com mal entendidos, que enfrentou as deputadas no Bloco de Esquerda numa comissão com uma confiança brutal, que as punha na ordem. Era tal a segurança que se confundia com sobranceria. Esse banqueiro hoje mede as palavras e chega mesmo a admitir que a última coisa que quer são mal entendidos. "A última coisa que queria era fazer algum comentário que pudesse ser mal interpretado, o que às vezes acontece aos melhores, como eu e vocês sabemos. A última coisa que faria era dizer qualquer coisa que podia parecer que estaria a criticar a maneira como as pessoas votaram".

Isto está de tal maneira que o politicamente correcto impõe-se até aos mais inteligentes.

 Esta postura temerária voltou a demonstrá-la mais à frente quando diz: "Isto não estão tempos para mostrar algo que possa parecer arrogância", disse o banqueiro a propósito do capital recomedado pelo BCE para o BPI. Mas revelou mais do que isso, revelou um novo Ulrich que já sente que o chão lhe pode escapar. Não é o único. Estamos todos assim, o chão pode escapar-nos, é uma sensação permanente.

Estamos a perder as referencias  de bem e mal, de certo e errado, de justo e injusto, de mérito e desmérito. Já não podemos situar nada, há um terreno movediço.

Na política há um terramoto ideologico nos partidos. Antes podíamos dizer que o PCP era um partido que defendia os trabalhadores contra os privilegiados, que defendia os operários, hoje já não sabemos. Antes eram anti-Nato e anti-euro, queriam renegociar a dívida, mas agora já não é bem assim, defendem tudo e o seu contrário, desde que sirva contra os partidos de direita.

O Bloco de Esquerda mantém-se fiel às causas fracturantes (lamentáveis causas na minha opinião) mas já admite que afinal não é preciso ser Syriza. Em vez de ideologias e ideias agora há inimigos a abater em nome de lugares de poder a conquistar. Vale tudo, mas mesmo tudo para se manter com um papel relevante na sociedade.

Andamos todos uns contra os outros. Mesmo as amizades estão periclitantes à espera de ver para onde vão as conveniências.  Há uma leve sensação a guerras tribais, tu ou és da minha tribo ou és meu inimigo. Os conflitos crispados estão a atingir subtilmente todos os espaços. Sentimos que já não nos podemos ancorar no sentido de justiça, no conceito de democracia como o tínhamos por certo, não podemos confiar na entreajuda. Somos facilmente enredados em teias montadas por pessoas de má rês.

Hoje o Tribunal proibiu o grupo Cofina de publicar notícias sobre caso Sócrates. Uma coisa inédita. Já se pode proibir jornalistas de escrever, seja o Tribunal sejam os próprios jornais. O presidente do PS, Carlos César, veio dizer, sem dizer que estava a falar do caso Sócrates, que quer mudar a lei para evitar detenções sem acusação. Um caso que afectou também Ricardo Salgado. 

Há uma sensação de desconfiança. Os devedores não pagam. Os amigos não se comprometem. Os rivais fazem batota. Está tudo muito desnorteado e muito desconfiado.

Há uma sensação de insegurança no ar, de golpes orquestrados nos mantideros, de perseguições políticas não declaradas.

Isto não estão tempos para grandes seguranças. Temos de estar atentos às traições shakeasperianas. 

 

publicado às 01:54

Fernando Ulrich, presidente executivo do BPI(Jorge Amaral/Global Imagens)

Na sessão de apresentação dos resultados do terceiro trimestre – bons resultados impulsionados pela margem financeira, que só em Portugal  (e cada vez mais o que interessa é a actividade doméstica, uma vez que o BPI vai ser essencialmente um banco doméstico depois do spin-off) subiu 25,3% num ano e em termos consolidados essa subida foi de 30,8% – Fernando Ulrich comentou os temas quentes. Relação com a accionista Isabel dos Santos: Não foi feita proposta de compra de posição adicional no BFA" - desmentindo que Isabel dos Santos tenha proposto a compra de 10% do BFA. Falou do projecto de cisão que criará um banco doméstico com menos capital e menos lucros. A posição de 50,1% que o BPI tem no BFA rendeu um lucro de 105,5 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano.Falou da política e pela primeira vez referiu-se que era bom que as pessoas que votam nos partidos pequenos se sintam representadas no Governo, o que é uma clara alusão ao BE e PCP (my god!). 

Depois falou do tema mais importante para a banca: os rácios de capital que cada banco supervisionado pelo BCE tem de ter e que já sabe qual é. Rácio esse que explica que a CGD tenha de vender activos para pagar os 900 milhões de CoCo´s ao Estado, sem poder aumentar o capital para isso [isto digo eu, não Fernando Ulrich], e rácio esse que pode explicar a derrocada em bolsa do Banif (onde o Estado tem 700 milhões em acções especiais e 125 milhões em CoCo´s em atraso de pagamento). O presidente do BPI não comentou estes dois casos, mas sobre o BPI disse que "está confortável com o valor fixado, que é inferior aos rácios que o banco tem”. O BPI tem um rácio de common equity tier I de 10.6% (“phasing in").

O BPI apresentou resultados domésticos de  38.9 milhões e em termos consolidados (com internacional que é essencialmente BFA) teve lucro líquido de 151 milhões. No 3º trimestre de 2015 (Julho – Setembro), o BPI obteve um lucro líquido consolidado de 74,8 milhões de euros (32,3 milhões na actividade doméstica e 42,5 milhões na actividade internacional). 

Sobre a cisão do BPI em dois (spin-off dos activos angolanos):

"Vejo muito bem" o futuro do BPI sem África

“Não é o meu sonho de vida, ou o projecto que gostava que continuasse, mas a realidade é o que é. Manda quem pode - o BCE - obedece quem deve - o BPI. Estamos na fase de obedecer e executar. O BPI, na actividade doméstica, segue o seu caminho, segue a trajectória de melhoria de rentabilidade” 

“O facto de haver um veículo cotado com exposição a activos africanos é um excelente veículo de investimento para os investidores, e há vários nos EUA ou na China, que estão direccionados para África e poderão olhar para ele com mais interesse do que olham para o BPI, que tem actualmente uma parte portuguesa e africana”. “Estamos a demonstrar que o BFA tem um modelo de negócio resistente e resiliente”.

“O projecto de cisão é muito exigente, porque envolve a obtenção de muitas aprovações e acordos. Temos de obter o acordo da Unitel, que tem direitos atribuídos pelos estatutos e acordo parassocial, e das autoridades angolanas e portuguesas. Há um conjunto exaustivo de passos a dar e todos esses processos estão em curso e estamos em conversações e em trabalhos”

"Estamos em diálogo com a Unitel sobre este projecto, é um processo que está em curso e estamos a trabalhar com espírito construtivo com um objectivo que é comum a todos”.

“Não foi dirigida ao conselho de administração nenhuma proposta de compra” de mais de 10% do BFA, disse ainda Fernando Ulrich, sobre o possível interesse de Isabel dos Santos em comprar uma participação adicional no BFA avançado pela imprensa.

Situação política:

"Estamos em democracia há 40 anos, é uma democracia madura. Vivo isto com muita tranquilidade e muita naturalidade. A última coisa que queria era fazer algum comentário que pudesse ser mal interpretado, o que às vezes acontece aos melhores, como eu e vocês sabemos. A última coisa que faria era dizer qualquer coisa que podia parecer que estaria a criticar a maneira como as pessoas votaram. Portanto as pessoas votaram como acreditam que é melhor para o país,  eu entendo que é bom ao longo do tempo que toda a população se reveja em quem está no Governo. Entendo que é bom que, por vezes, toda a população, algumas vezes, se sinta representada, isso ajuda a construir uma sociedade mais equilibrada".

"Tenho confiança em Portugal e nos portugueses, que têm capacidade para superar obstáculos difíceis como se viu no passado e hoje as coisas estão melhores. O que quer que seja que aconteça vai acontecer numa linha de estabilidade. Vejo o que se está a passar com muita tranquilidade, prefiro encarar a realidade do que cenários”

“A forma exemplar como o país ultrapassou todas as dificuldades e era estranho que agora se aumentasse o nível de conflitualidade” 

“Como está na moda dizer, agora é o tempo da política e dos políticos por excelência. Votámos e agora compete ao Presidente da República e aos partidos cumprir a constituição.  “Estou a viver esta situação de forma tranquila, vivemos em democracia, as pessoas votaram e agora alguns estão mais contentes e outros menos. É a democracia”

 

Sobre os testes de stress: "O valor de rácio que o BCE recomenda para o BPI é inferior aos rácios que o banco tem"

"Relativamente ao capital indicado pelo BCE - que agora indica a cada banco supervisionado qual o capital que deve ter - a resposta é sim, nós - tal como todos os bancos - já recebemos a indicação provisória do valor do common equity tier I em phasing in que temos de cumprir, mas o BCE recomenda que não seja divulgado o valor. Posso dizer apenas que o banco não vai fazer nenhum aumento de capital por causa dessa recomendação.  Ela vai ser tornada definitiva daqui até ao fim do ano. A nossa expectativa é que não haja diferenças  significativas entre aquilo que foi indicado como o valor preliminar e o valor o definitivo, mas a decisão final é do BCE. O BPI está confortável com o valor fixado, que é inferior aos rácios que o banco tem”. O banco tem um rácio de 10,6%.

"Não tenho comentário especial e nem vou comentar a situação do Banif e da CGD [sobre possíveis problemas ou necessidades de capital] não tenho nenhuma informação especial que a senhora não tenha"

publicado às 19:32

O Henricartoon está mesmo na moda

por António Canavarro, em 28.10.15

 

publicado às 12:57

Sócrates o iliberal

por António Canavarro, em 28.10.15

i·li·be·ral
(latim illiberalis, -e, ignóbil, sórdido)

adjectivo

1. Não liberal.

2. Contrário à liberdade.

3. Mesquinho.

4. Sovina.


Esta definição serve de legenda a esta notícia. Ou seja, nada que não estava à espera!

publicado às 12:51

Acordou tarde mas não se arrepende!

por António Canavarro, em 28.10.15

publicado às 12:36

Para ti Maria e os teus amigos verdinhos!

por António Canavarro, em 28.10.15

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publicado às 12:16

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