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Simplificando

por Maria Teixeira Alves, em 28.05.15

É fácil resumir a Quadratura do Círculo: António Lobo Xavier tem sempre razão. Pacheco Pereira nunca tem. Jorge Coelho é socialista.

publicado às 23:56

À Sociedade Portuguesa de Autores

por Maria Teixeira Alves, em 28.05.15

Estava a ver a Quadratura do Círculo e José Pacheco de Pereira oferece aos convivas o livro, na qual participa, dos 90 anos da Sociedade Portuguesa de Autores.

Venho aproveitar a data comemorativa, para lembrar que não há nenhuma legislação que protega verdadeiramente os autores.

Os autores só serão defendidos a sério quando houver uma entidade, um regulador, ou o que lhe quiserem chamar, que registe, de forma independente as verdadeiras vendas que dão origem aos pagamentos dos Royalties. É uma vergonha que não haja, para um escritor um sítio onde fique registado as tiragens dos livros e as vendas. Os autores estão sempre à mercê da palavra das editoras que evitam ao máximo dar informações sobre as vendas dos livros. Um autor neste país ou tem cinco mil euros para pedir uma auditoria ou está tramado, porque depois, nas livrarias e nas GfK da vida, recusam dar informação oficial aos autores dos livros. É um escandalo, e de certa forma obedece a uma lógica meio maçónica onde todos parecem cúmplices do roubos aos autores, A Sociedade Portuguesa de Autores devia tomar iniciativas de modo a criar uma entidade onde as vendas e as impressões de livros sejam obrigatoriamente registadas. Quem diz livros, diz outas criações, mas dessas não falo porque não conheço o mercado.

publicado às 23:12

A anedota e a realidade

por António Canavarro, em 28.05.15

Hoje li esta anedota que além de ter piada é um retrato de uma certa realidade, a cinematográfica. 

 

Duas cabras pastavam nas traseiras de um estúdio de cinema.

Encontraram uma lata de filmes, que uma delas devorou:

- Que tal? perguntou a companheira.
- Bom disse a outra mas gostei mais do livro...

publicado às 12:52

Ricardo Salgado andou anos a dar ordens a cúmplices para trabalharem as contas da holding suíça que controlava o todo o Grupo Espírito Santo. O GES foi crescendo e o BES também. Para financiar o crescimento estavam cá os clientes, quando faltava o dinheiro à família, as holdings emitiam dívida e os bancos e gestoras de fundos distribuíam-na, para depois a família ir aos aumentos de capital. Criavam-se bancos em várias geografias o que dava para financiar mais o GES. Arregimentavam-se solidariedades para assegurar o funcionamento da máquina. Agregavam-se amigos à estrutura de capital das várias holdings.

Um dia veio a crise financeira de 2008 (Lehman Brothers) – um dia ainda ouviremos dizer que quem deitou o BES abaixo (e outros como o BPP) foi o Ben Bernanke (presidente do FED em 2008) – e com ela a crise de financiamento. Os bancos deixaram de se conseguir financiar no Mercado Monetário Interbancário. Foi uma aflição para o GES que vivia irrigado a dívida. Martelar as contas foi a resposta que o líder do GES adoptou para evitar ter de perder o controlo do banco. A dívida estava escondida para que a holding se conseguisse continuar a financiar. Nem se pensou por um segundo que tudo pudesse ruir. A circulação de dinheiro substituía a ausência de capital.

O BES e a Tranquilidade já foram recuperados, na década de 80, às nacionalizações com parcos recursos e muita dívida. A culpa disto tudo no fundo é do PREC de 1975 que destruiu as empresas portuguesas e criou a crise de capital que existe até hoje. 

O Banco de Portugal descobriu em 2013 e começou a pressionar devagarinho e depois pressionou depressa, e quanto mais pressa pior, porque a urgência da situação levou Ricardo Salgado a soluções de recurso pouco ortodoxas. Depois de descobertas o Banco de Portugal e a KPMG quiseram provisionar tudo como se tudo estivesse perdido, estando ou não, e isso deitou o banco abaixo. Criou-se um novo banco e assim se evitou que o Estado entrasse no capital do BES. O que era contra as indicações de Bruxelas que estava em plena legislação anti-ajuda estatal aos bancos. A Resolução é uma medida europeia.

O BCE retirou o estatuto de contraparte ao BES. O BES podia ter continuado sem esse estatuto? Sim podia. Vivia encostado à ELA (facilidade de liquidez do Banco de Portugal) até arranjar compradores privados. Mas podia? Não, porque mesmo para recorrer à ELA não podia ter capital abaixo dos mínimos legais. O BES com as provisões genéricas de 2.100 milhões, mais 1.500 milhões de provisões a 100% para as obrigações que circulavam pela Eurofin para gerar dinheiro, e para as cartas conforto à Venezula, ditaram o fim do BES. Os prejuízos semestrais de 3.577 milhões são resultante dessas provisões (só cerca de 255 milhões é que eram prejuízos da actividade). A Resolução sempre esteve na sombra do desfecho do BES, desde que se descobriu a meio de Julho a marosca da circulação das obrigações que estavam a ser recompradas pelo BES com perca para o banco. E desde que se descobriu as cartas conforto aos venezuelanos. A Resolução esteve sempre na sombra, mas a decisão formal dela só se toma no começo de Agosto. Estava tudo preparado para ela quando ela surgiu, assessores contratados inclusivamente, mas mesmo assim, as opções podiam ter sido outras se tivesse havido outras.

Resumindo e baralhando:

Ricardo Salgado é acusado de actos dolosos de gestão ruinosa, o que lesou depositantes, investidores e demais credores.  Pois sabia da falsificação das contas da ESI e mesmo assim deixou que os bancos e gestoras de fundos disseminassem dívida dessas empresas pelos clientes, investidores e demais credores.

Claro que Ricardo Salgado não decidiu as provisões em Julho, com reporte a Junho, que deixam o BES sem capitais, mas isso não quer dizer que não tenha criado todas as condições para deitar os bancos do GES abaixo (não foi só o BES que caiu). Desde logo os bancos noutras geografias que já estavam a fechar portas porque não conseguiam cumprir o pagamento do papel comercial do Grupo que tinham vendido aos clientes e isso provocou uma corrida aos depósitos. 

O próprio Amílcar Morais Pires, o Merlin do BES, admitiu que havia uma crise de liquidez (o BES aproximava-se do ponto em só se financiaria no Banco de Portugal, recorrendo à ELA) mesmo antes de se descobrir as Obrigações BES de longo prazo (carteira discricionária) as cartas conforto aos venezuelanos.

publicado às 11:31

Há homens que nos mandam flores e depois nos matam

por Maria Teixeira Alves, em 20.05.15

IMG_0739.JPG

Se há uma coisa que desilude quem ama é a leviandade. O amor não convive bem com as desculpas, com os argumentos fáceis, com a sinceridade de pacotilha, com a resposta pronta, com os motivos fúteis e vaidades banais. No amor, nada é banal, nem a vaidade (porque há vaidade no amor). O amor pede silêncios cúmplices, lágrimas contidas, conflitos interiores. O amor pede um entendimento imediato. No amor não há lugar a enganos. Não há falsas expectativas. No amor a expectativa é tão sincera que chega a ser a única coisa imortal. Não há o direito de nos falarem de amor, de nos mandarem e flores e depois de tudo dizerem-nos que afinal não era. Não há o direito. Quem deseja e não ama merece a guilhotina.

P.S. Para o homem que me mandou esta flor. A última afinal.

P.S. Sabes porque é que mudaste? Porque se aproxima o dia do juízo final e no dia do juízo final as promessas têm de sair do papel. E para isso tens de abdicar dos teus confortozinhos narcísicos, tens de ir contra o mundo e enfrentar os batalhões, se assim tiver de ser.

O amor só é quando nos leva a ser melhores pessoas. 

 

publicado às 21:23

Não lhe façam isto...

por António Canavarro, em 20.05.15

Parece que o Presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, quer contratar Jorge Jesus, o primeiro bicampeão português pelo Benfica. Porém, a ver pela escolha editorial da foto do jornal A Bola, até parece que JJ anda preocupado, como se houvesse um mal-entendido entre nomes. Não faz milagres e muito menos quer ser crucificado!

bola.png

 

 

publicado às 17:25
editado por Maria Teixeira Alves a 13/6/15 às 09:44

A situação na Grécia está à beira do colapso. Se tudo correr como d´habitude vamos voltar a ver uma solução à la Chipre. Isto é, com a União Europeia a confiscar os depósitos bancários.

Esta opinião é partilhada pelo blogger económico Michael Snyder. 

Do you remember what happened when Cyprus decided to defy the EU?  In the end, the entire banking system of the nation collapsed and money was confiscated from private bank accounts.  Well, the nation of Greece is now approaching a similar endgame.  At this point, the Greek government has not received any money from the EU or the IMF since August 2014.  As you can imagine, that means that Greek government accounts are just about bone dry.

*Lembra-se do que aconteceu quando o Chipre decidiu desafiar a UE? No fim, todo o sistema bancário da nação entrou em colapso e o dinheiro foi confiscado das contas bancárias privadas. Bem, a Grécia está agora a aproximar-se de um desfecho semelhante. Até agora, o governo grego não recebeu qualquer dinheiro da UE ou do FMI e não recebe desde Agosto de 2014. Como pode imaginar, isso significa que as contas do governo grego são apenas sobre osso seco.

O actual governo grego continua a insistir que nunca irá "violar o seu mandato anti-austeridade", mas a situação está a apertar. Neste momento, a taxa de desemprego na Grécia é superior a 25 por cento e o sistema bancário está à beira do colapso. Não vai demorar muito até ser desencadeado o pânico, e já há rumores de que a UE pretende confiscar o dinheiro de contas bancárias privadas, assim como eles fizeram no Chipre.

Ao longo de toda esta crise multi-ano, as coisas nunca foram tão terrível para o governo grego. Na verdade, a Grécia nunca esteve tão perto do incumprimento  de um pagamento do empréstimo ao FMI e está praticamente sem dinheiro para tudo o resto, e é suposto fazer vários pagamentos grandes nas próximas semanas ... nomeadamente pensões, e mais uma tranche de 305 milhões de euros ao FMI a liquidar no dia 5 de Junho. Nas duas semanas seguintes, há mais três pagamentos, elevando o total de junho para o FMI para mais de € 1,5 bilhão.

Atenas mal conseguiu fazer seu último pagamento (12 de maio) ao Fundo Monetário Internacional (FMI), e conseguiu fazê-lo apenas quando o governo descobriu que poderia usar uma conta de reserva, com que não estava a contar.

publicado às 13:51

Anna Karenina

por Maria Teixeira Alves, em 19.05.15

O amor é como a escarlatina, todos têm de passar por ela.

 

Aquela paixão era como estivesse em si uma nova região dolorida.

 

 

 

Tolstoi

publicado às 22:57

A futura aristocracia vem da ciência

por Maria Teixeira Alves, em 19.05.15

Uma vez ouvi a Agustina dizer que "a literatura está em vias de extinção. A literatura tem cinco milénios, é tempo de mudar de caminho, tem de dar lugar à ciência". Na altura que ouvi não percebi bem. Mas começa a fazer-se luz sobre essa sentença. A futura aristocracia virá da ciência. A ciência é a nova área nobre da humanidade. Todos querem viver mais, procriar mais tarde, ser novos até mais tarde, todos querem a investigação que nos dará as soluções económicas certas, as soluções financeiras para garantir a reforma.

Todos querem o fim das doenças incuráveis, o fim das doenças psicológicas, o fim das depressões. O futuro é a ciência, os novos cavaleiros são aqueles que têm o conhecimento, a ciência. Todos os que sabem, são os sábios a nova elite. 

 

publicado às 00:44

Selvagens

por Maria Teixeira Alves, em 18.05.15

Acho inacreditável que no Marquês de Pombal, uns doidos do Benfica tenham desatado a atirar garrafas de vidro para cima das pessoas ( via-se nas imagens da SIC, autêntico terrorismo) e de repente a Polícia começa a empreender e passa a ser a culpada. Agora só se fala da violência da polícia. Incrível! Se a polícia tivesse ficado quieta e as pessoas fossem todas parar ao Hospital com garrafas espetadas na cabeça a polícia era incompetente e não tinha feito nada, assim a polícia é que é a má da fita. Acho que se houver autoridade neste país ficam já proibidas as "festas" no Marquês. 

Já em Guimarães estes selvagens benfiquistas destruiram o Estádio de Guimarães, pegaram fogo até às casas de banho. Arrancaram as cadeiras. É lamentável!!!! Selvagens!!!

publicado às 23:36

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