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A carteira de crédito do Banco Espírito Santo é o retrato do percurso do banco. Fernando Ulrich principal candidato à compra do Novo Banco, expôs de forma clara o que todos comentam em surdina e ninguém se atreve a dizer às claras. Para isso baseou-se mais uma vez nas informações oficiais. «A carteira de crédito a empresas do BES era de 40,3 mil milhões de euros. Mas, destes, 23,6 mil milhões de euros estava concedido a empresas de cinco sectores: Construção e Obras Públicas; Activos Imobiliários; Actividades Financeiras (aqui são sobretudo holdings); Serviços Prestados às empresas (engloba muitas coisas, não sei bem o que é); Outras Actividades de Serviços Colectivos, que também engloba muitas coisas, incluindo clubes de futebol. Nestes segmentos o BPI tinha apenas 3,5 mil milhões de euros em crédito e eu fico muito contente de só termos 3,5 biliões nestes sectores onde o potencial de risco de crédito é significativo, maior do que o resto». O banqueiro continua: «Quando vamos ao resto às PME Exportadoras (texteis, calçado, papel, metalomecânica) o crédito e garantias do BES é de 16,7 mil milhões e o do BPI é de 10,2 mil milhões. É maior no BES, mas essa diferença não é tão grande quando se olha com mais atenção. O BPI é maior no crédito a particulares (um tem 13 bi e o outro 12 bi). No crédito que interessa o BES não era muito maior que o BPI. «Além disso em Imóveis, Unidades de Participação em Fundos de Recuperação, e em Fundos de Imobiliário que estão nas carteiras das seguradoras, o BES tinha 5,8 mil milhões e o BPI só 300 milhões e eu fico muito contente porque é uma zona que eu também não gosto. Por isso até vermos o balanço do Novo Banco auditado, e até fazermos uma due-dilligence, porque sendo nós um dos bancos interessados, vamos ter de fazer uma due-dilligence, não podemos garantir que os 4,9 mil milhões são suficientes, e se não forem haverá algum dano para a economia portuguesa, e afectaria todos os bancos do sistema». Atentem a estas sábias palavras. Há muita informação aqui nas entrelinhas.
Desde que o BES e o GES implodiram, o Benfica nunca mais foi o mesmo.
Parabéns Sporting!
Hiroshima Meu Amor, de Alain Resnais, na RTP 2, quando já começava a duvidar que a qualidade existia.
- Tenho uma moral duvidosa.
- O que é uma moral duvidosa?
Não posso deixar de me indignar de cada vez que almoço com alguém, virem a correr comentar que a pessoa x ou y foi vista a almoçar com uma «jornalista».
Imaginem que eu era médica e de cada vez que me vissem a almoçar com alguém achassem que essa pessoa estava doente, era de doidos. Eu não sou apenas jornalista – sou mulher, sou amiga – nem estou 24 horas por dia a ser jornalista. Ser jornalista é uma profissão como outra qualquer. Eu tenho amigos, apesar e independentemente das profissões. De cada vez que me virem a almoçar com alguém mediático não pensem que estou «a sacar histórias», estou apenas a almoçar com amigos. Nada mais. Não limitem mais a liberdade do que ela está limitada por outras circunstâncias. Não criem juízos de valor fáceis. Obrigada!
Matthieu Ricard, escritor budista, dá hoje uma entrevista ao suplemento Weekend do Jornal de Negócios, em que diz uma coisa interessante e que é aliás o título: «A Revolução Altruísta Está a Caminho».
Deus queira que tenha razão, já vem tarde.
É a grande mudança cultural que é preciso imprimir, a cultura do altruísmo. Séculos de egoísmo, da filosofia dos interesses e do imperativo da partilha de vantagens, séculos de valor de sucesso, competição e de invejas não trouxeram a felicidade às pessoas.
Aqui por Santarém há três casas que vendem os ditos cigarros electrónicos, e todas elas tem o mesmo argumento comercial: é mais barato e faz menos mal do que os cigarros convencionais. Eu que sou um fumador fui levado a experimentar, e desde Agosto até agora tenho notado que, efectivamente, o “cigarro a vapor” é bem mais barato e seguramente menos nocivo...!
Porém, e como pude ler no Público, o governo não está no mesmo cumprimento de onda, pelo que, e como foi anunciado esta quarta-feira, na proposta de Orçamento de Estado para 2015, “o preço dos cigarros electrónicos vai aumentar 240% com o novo imposto”. Assim, e como adiantou ao jornal Tiago Machado, presidente da Associação Portuguesa de Cigarros Electrónicos (APECE), “produtos que custam actualmente 2,5 euros e que, com a nova tributação, passarão a custar 8,5 euros”.
Não entendo esta medida, como não concordo com ela por duas razões: por um lado, dá a entender que o governo (directa ou indirectamente) anda a ceder a pressões das tabaqueiras e, por outro, (uma vez mais) mostra que o governo, na ânsia de arrecadar dinheiro e cumprir metas, castiga sempre os mesmos!
A CML diz que as inundações se devem a chuva atípica. A chuva contrapõe dizendo que as inundações se devem a gestões camarárias atípicas.
A chuva tem razão. Fosse qual fosse a gestão camarária este é um cenário recorrente, fruto do desmazelo urbanístico que desde sempre caracteriza a cidade de Lisboa. Como é possível edificar-se uma cidade sob linhas de água e de ribeiras que, de um dia para o outro, desapareceram?