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"A sua inteligência estorvava-o. Que podia esperar da sabedoria e das suas cinco propriedades?
Primeiro, ele saberia como tratar os problemas difíceis ligados à conduta humana e ao sentido da vida. Mas isso não era prioritário para ninguém, iam achá-lo desalmado e pôr-lhe toda a espécie de obstáculos pela frente.
Segundo, a sabedoria exprime uma qualidade superior do conhecimento. Antecipa a avaliação das situações, por tudo e nada reanima a atenção dos outros com os seus conselhos. Depressa é tratada como importuna e terá que recuar ao abrigo da frivolidade.
Terceiro, a sabedoria é moderada e vê as coisas em profundidade. É, portanto, inimiga do juízo fácil e das paixões que são requestadas para dar emoção às existências fúteis e cinzentas.
Quarto, a sabedoria é exercida tendo em vista o bem-estar da humanidade. Tem, por isso, mau nome em qualquer publicidade que faz vender produtos de grande lucro, como a guerra, o amor e as máquinas.
Quinto, finalmente: a sabedoria é reconhecida como valor estável pela maioria da população, o que é nocivo para o envolvimento dessa mesma população em qualquer campanha, seja de poder ou de ganho de negócios.
Enfim, ele teria que formar-se e esquecer os seus sonhos de grandeza, porque a sabedoria, nesse campo, não lhe serviria de nada".
Agustina Bessa-Luís, in 'Antes do Degelo'
Banco de Portugal quer base accionista estável no Novo Banco
Havia dois bancos que estavam em estágio mais avançado de candidatura à compra do Banco Espírito Santo, antes da hecatombe dos resultados. Será que vão voltar aos mesmos para vender o Novo Banco?
Acho lindo andarem a mudar a designação em todo mundo de BES para Novo Banco como se de banco transitório passasse a definitivo
No futuro a humanidade vai acabar toda em guetos. Vão-se criar fronteiras dentro das fronteiras para delimitar maneiras de pensar, valores, gostos, e culturas (e arriscaria a dizer religiões, mas que insiro na cultura) e proteger da influência de outros. Quando vejo estes defensores do Estado Islâmico vem-me sempre à memória esta ideia que há muito tenho. Vamos voltar ao que aconteceu no princípio, a ser tribos.
Ao ler esta notícia do Público: A genética explica como os tibetanos se adaptaram a grandes altitudes
Identificada uma nova mutação genética que permite evitar os efeitos nefastos da produção de mais glóbulos vermelhos em altitudes elevadas. Presente só nos tibetanos, essa mutação é recente em termos evolutivos.
Lembrei-me de uma coisa muito importante tantas vezes esquecidas nos comportamentos e mudanças sociais. Temos aquela inata capacidade de adaptação ao meio. O que pode ser bom ou mau... dependendo do meio
Neste país, neste tempo, neste mundo, nesta sociedade individualista, todas as pessoas, as mulheres sobretudo, que têm o azar de não ver os seus sonhos de ter uma família concretizados, sofrem o maior tipo de agruras. São olhadas com desconfiança por toda a gente e imaginam que se chegou até aqui solteira foi porque quis ou por algum outro motivo suspeito. A vontade não é um imperativo categórico, porque nem tudo depende da nossa vontade. Há as circunstâncias a condicionar tudo, e os juízos de valor transformados em certeza não ajudam nada. Porque cimentam os mal-entendidos. Há mulheres e homens que têm o sentido de família, sempre quiseram uma família, querem uma família, têm o amor como o centro das suas vidas, mas os desencontros marcaram as suas vidas e não proporcionaram finais felizes. Os ventos não sopraram a favor. Acontece. Não vejam mosquitos na outra banda em cada mulher ou homem solteiro, please! Não vejam motivos obscuros, perversos e escandalosos naquilo que é muito mais simples. O desencontro. A verdade das pessoas ainda está dentro delas e não no que os outros querem ver delas.
"Amar é a eterna inocência" | Alberto Caeiro na escultura de Santos Lopes