Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Depois de ter lido que a Directora-geral do FMI, Christine Lagarde, disse que "o organismo errou e que a Grécia e Portugal deveriam ter tido “mais tempo” para cumprirem programas que exigiam “demasiada consolidação orçamental, demasiado rápida”, lembrei-me de Almada Negreiros e do seu “Manifesto Anti-Dantas”.
Não serei tão drástico como o genial Almada, simplesmente acho que, por coisas assim, e feitas (ao que parece) em cima do joelho, o tempo dela tem que chegar ao fim. Pim!
Anda tudo muito excitado com o cumprimento de Obama ao líder do governo cubano Raul Castro. Já Obama estava mais excitado com a Primeira-Ministra da Dinamarca:
Uma loira no meio do black power!
33 anos depois da sua morte (Lennon foi assassinado a 8 de Dezembro de 1980 por Mark Chapman, o norte americano Nicolas Jaar fez este mix em sua homenagem. Para ouvirem, porque é mesmo muitíssimo bom!
Estava a ver o Downton Abbey e ouvi um diálogo que dizia: "O casamento é um desafio, mesmo quando toda a gente o quer, mesmo quando toda a gente reza para que sejamos felizes". É verdade e mais ainda quando nem toda a gente o quer. Em cada momento há pessoas a tentar separar quem se ama, é preciso ter força para aguentar isso. A maioria não aguenta.
Já era tempo de o Sporting ter este orgulho de leão!
Os lagartos andam demasiado inchados, sentem-se como nunca (e como eu os compreendo) inchados, como se estivessem na estratosfera. Mas cuidado, porque a queda será muito dolorosa!
Em Santarém abriu recentemente (mais ou menos um mês) um belo espaço de restauração, mais precisamente uma taberna. Este espaço, que se dá pelo nome de "Ó Balcão", situado na Rua Pedro de Santarém, e onde se come divinalmente a bons preços, é a prova provada que é em tempos de crise que temos que dar a volta, remando contra a maré: Investindo!
A propósito deste e doutros comentários que condenam Cavaco Silva por ter sido contra a libertação de Mandela em 1987, há que lembrar que a resolução das Nações Unidas que defendia sua libertação, defendia a luta armada para erradicar o apartheid e convidava os países a financiarem a luta armada (ponto 8). Ou seja, legitimava um terrorismo para acabar com outro.
Portugal não assinou (Mário Soares era Presidente da República, mas isso parece esquecido por Daniel Oliveira, qual arauto do perdão que elevou Mandela), assim como não assinaram os Estados Unidos, nem os Ingleses. E outros abstiveram-se, incluindo países escandinavos do 'wealfare state'. É fácil aproveitar Mandela para fazer uma crítica política à Direita de que Ronald Reagan e Margaret Thatcher são ilustres representantes. Mas quem assinaria hoje uma resolução que legitimasse a luta armada e o financiamento dessa luta armada?
Ora Nelson Mandela tornou-se no mito que é, não por ter sido libertado, nem sequer foi pelo Apartheid ter acabado na África do Sul, o Madiba tornou-se num herói internacional precisamente porque perdoou. Como Cristo, perdoou. Depois de quase três décadas de prisão, Mandela perdoou a quem o prendeu, e construiu com ele um novo país. Essa é a grandeza de Mandela, e deve-o ao seu carácter. Ao seu excelente carácter e inteligência.
Pode discutir-se se a África do Sul é um país de sucesso ou não, se esse novo país que foi construído foi bem construído ou não. Se os sul-africanos são verdadeiros herdeiros do "perdão" de Mandela, provavelmente não são. O racismo deixou de estar instituído, «graças a Deus», mas não desapareceu do coração dos Homens, e não está só nos Boers. Só quem não conhece África pode dizer que o racismo é um monopólio dos brancos. Há racismos (no que exclusivamente diz respeito a raças e não a classes ou outras coisas mais) em todos os sentidos e direcções.
Mandela deu ao mundo a lição do perdão, como há mais de 2000 anos Cristo já tinha dado. Mandela mudou o mundo? Não, não mudou, porque o bem continua a ser residual num mundo cada vez mais relativista. Mas teve a lucidez de escolher o caminho do bem. Foi, nesse aspecto, um Senhor, Nelson Mandela.
E há alguma hipocrisia naqueles que embandeiram Mandela em arco e depois atiram pedras aos vizinhos. Apetece-me dizer, sigam o vosso líder, sigam.
“O ideal de uma sociedade democrática e livre é um ideal para cuja concretização espero viver. Mas se for necessário é um ideal pelo qual estou disposto a morrer.”
Nelson Mandela 1918-2013
Esta frase foi retirada do Público que fez, em papel e online, uma bela homenagem a este grande ser humano!