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O maior topete da Quadratura vem de António Costa, que faz um discurso redondo a criticar o documento [guião da reforma do Estado] de uma maneira airosa, sem grandes argumentos, mas acaba o discurso a elogiar Paulo Portas. O que levou Carlos Andrade a lhe perguntar imediatamente se o CDS-PP podia ser um bom aliado de governo do PS. António Costa, apesar da pele morena, até corou (apanhado)!
Este é de facto um bom achado e quem o fez um grande artista. Assim, e para quem ainda não conhece o trabalho de Zita, apresento a versão "Galo de Barcelos" do Angry Bird. Até porque o nosso galo minhoto tem razões para estar chateado!
Acabo de ler que a Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA), nega ter espiado o Vaticano e altas figuras da Santa Sé, incluindo o Papa Bento XVI.
Espiar o Vaticano? Mas que coisa sem sentido. Se há alguém ou uma instituição habituada a ser espiada é a Santa Sé. São os efeitos da ubiquidade!
Este anúncio de que o BPI iria amortizar antecipadamente quase 590 milhões da dívida ao Estado parece-me mais marketing de Fernando Ulrich que outra coisa. Nunca o Banco de Portugal o autorizará a ficar tão à pele no rácio de core capital. Amortizará antecipadamente o empréstimo ao Estado em metade do que anunciou, no máximo.
O presidente Executivo do BPI anunciou hoje que o banco irá pedir ao Banco de Portugal e EBA para reembolsar antecipadamente em 588 milhões de euros o Estado (a entregar ao Ministério das Finanças). Após este reembolso, o montante de CoCo reduzir-se-ia de 920 milhões para 332 milhões de euros.
É verdade que ao custo a que este empréstimo foi concedido, Fernando Ulrich não descanse enquanto não se livra daquilo, e das condições que foram impostas ao banco (remuneração, dividendos, etc) por causa deste empréstimo. Mas não será difícil adivinhar que o Banco de Portugal não vai aceitar um reembolso antecipado desta ordem de grandeza. Porque aceitar a amortização antecipada de 588 milhões de euros, é aceitar que o Banco fique a funcionar com 7% de core capital, que é o mínimo que passará a ser exigido a partir de 2014, quando entrarem em vigor as novas regras de Basileia III.
O Banco de Portugal nunca aceitará que o BPI actue no mercado, numa altura destas com o rácio no mínimo legal.
Neste momento, o rácio de capital do BPI é folgado, mas com as novas regras, e com a nova avaliação do BCE aos bancos, o rácio terá de ser ainda optimizado. O BPI prevê essa optimização com a redução do capital da seguradora BPI Vida e com a venda de obrigações subordinadas perpétuas de seguradoras europeias, contando com isso o banco ficará com um core capital de 10%, logo três pontos percentuais acima, dos 7% legais. Esses 3 pontos percentuais, "correspondem a um excesso de capital de 588 milhões relativamente ao rácio mínimo de 7%", calcula o BPI.
O que, para além de não ser certo, ainda deixaria o BPI à mercê de riscos conjunturais inesperados.
Fernando Ulrich sabe isso, provavelmente, por isso este anúncio é acima de tudo para marcar uma posição de contestação às condições do empréstimo do Estado. O presidente do BPI sabe que o regulador lhe autorizará a amortização num montante menor, salvaguardando uma folga de capital.
Eduardo Lourenço sempre se interessou pela questão da identidade nacional, dizendo que os portugueses são "hipernacionalistas". Tem razão, sobretudo como poderemos aferir das reacções lusas às insinuações que o "Senhor FIFA" fez de Cristiano Ronaldo, exigindo a sua demissão do organismo que tutela o futebol mundial!
Eu sou um pintor amador e quando pinto um quadro costumo dizer que o faço por uma questão de "higiene mental". Tenho um casal amigo que nas férias diz que vai "fazer um passeio higiénico". Hoje, a propósito de uma nova lei que visa alterar o número de animais domésticos que se pode ter nos apartamentos, ouvi o líder parlamentar do CDS-PP, João Almeida, a falar de "fascismo higiénico". Perante tanta higiene, fico feliz por viver num país assim, e, seguramente, não é pela falta dela que estamos em crise!
Encontrei esta imagem na página que Perera Elsewhere tem no Tumblr. Até hoje reconheço que desconhecia por completo a sua existência, porém, como decidi que nos momentos mais mortos, e em vez de andar para aqui a escrever por escrever, e porque gosto de música e, principalmente, de descobrir novas vozes e novos projectos musicais, conheci-a. E olhem que vale mesmo a pena seguir esta britânica, com uma voz e uma sonoridade invulgar!
Sempre soube, até porque já tive o grato prazer de a ouvir a tocar, que a Maria João Pires é um génio mundial do piano. Em Amesterdão ela ainda foi mais genial, quando após um equivoco, acompanhou na perfeição a Amsterdam Concertgebouw a "obrigou" a tocar o que ela não tinha preparado.