Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Claude Debussy no Google Doodle – 151 anos do nascimento do músico francês, com a música Clair de Lune
"É melhor haver uma democracia pobre, suja, esfarrapada, do que uma ditadura opulenta. A democracia magoa, zanga-nos, dá trabalho - é como o amor. Um infinito de esperança em desilusão permanente. Do mal o menos. Antes um amor magoado do que amor nenhum. A ditadura é esse sossego do amor nenhum - os dias iguais e silenciosos."
Inês Pedrosa
Uma nota pessoal:
Nada tenho contra a Inês Poderosa. Tenho, como ela, ideias sobre a democracia é também a considero o espaço ideal para se discutir ideias e debater pontos de vista. Tal como ela, ao contrário de muito boa gente, gosto da democracia e irrita-me solenemente o paternalismo que as ditaduras incorporam. Foi assim com Salazar, foi e será sempre assim com todas as ditaduras e/ou com regimes “iliberais”, que em nome de tantas coisas privam os cidadãos de serem verdadeiramente livres. É assim na Venezuela. É assim nos Estados Unidos que em nome de um bem-estar colectivo não se inibem de espiar a vida dos seus concidadãos!
No que respeita à situação do Cairo, como aliás acontece em todos os países que foram varridos pela febre da primavera revolucionária, é preciso ter em conta que devemos analisar a situação na óptica egípcia. Aquilo que entendemos por democracia – as heranças da Revolução Francesa -, é nessas paragens (como aliás acontece com menor gravidade na Tunísia ou Marrocos) chão infértil! Nessas geografias onde a religião é dominadora a democracia será sempre uma ilusão!
"O povo completo será aquele que tiver reunido no seu máximo, todas as qualidades e todos os defeitos. Coragem portugueses, só vos faltam as qualidades."
Piadas fáceis, porém boas, que se ouvem quando se trabalha numa redacção de um jornal:
Mosquito fica com 66,4% da Soares da Costa
As acções da Soares da Costa arriscam-se a apanhar malária!
Já há algum tempo que verifico nesta sociedade uma particular embirração com as mulheres. Uma violência irracional na forma como se critica (e de forma viciante) as mulheres. Isabel Jonet; Maria Luís Albuquerque; Cristina Espírito Santo; Isabel dos Santos; Judite de Sousa, foram algumas das mulheres alvo da violência verbal que pulula (de forma irresponsável, muitas vezes por pessoas anónimas ou desconhecidos) pela internet. Será porque as mulheres são vistas como alvos mais fáceis? Ou estaremos a assistir a um enfraquecimento da virilidade? Reparem, nunca nenhum chanceler alemão foi tão violentamente criticado como Angela Merkel.
Eu estranho esta intolerência do sexo oposto com as mulheres. Ainda tenho em mim incutida a ideia de que os homens são especialmente tolerantes e reverentes com as mulheres; são especialmente delicados com o sexo oposto. Tenho em mim a ideia de uma referência dos homens em relação às Senhoras. Mas agora reparo que nunca o ódio às mulheres foi tão colectivo. Tenho saudades do marialvismo.