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"Escrever não é a minha maneira de ensinar, é a minha maneira de aprender."
Lido em "A paixão do poder" de José António Marina, escritor, pedagogo e filósofo espanhol.
Acabo de ler que o Conselho da Língua Sueca aprovou a entrada, em 2013, do verbo "zlatanear" no dicionário. O novo verbo, inspirado no atacante sueco de futebol, Zlatan Ibrahimovic, significa 'levar adiante as próprias convicções, com toda a confiança; força nas próprias ideias; dominar'.
Ora, como não falo sueco e nunca irei falar esta língua nórdica, temo bem que a moda pegue e um dia teremos, também, entre nós, personalidades que justifiquem, pelas suas acções, um lugar no dicionário...isto é, a darem pontapés na língua!
Para passar bem o ano e não gastar muitos euros com a pinga!
Acabo de concluir que Baptista da Silva é a reencarnação de Garcia, o da "carta a Garcia"! Se assim não fosse, ele não teria dito à Lusa que "quando a mensagem não agrada aos poderes instituídos legítimos e/ou ilegítimos, assassina-se o mensageiro”!
Não levem a mal este comentário, porém a medida levada a cabo pela cidade de Los Angeles que levou a cabo um programa de troca de armas por mantimentos é digna de um país do terceiro mundo!
Acabo de ler que um estudo da Universidade de Jena, na Alemanha, prova que quem mostra logo os seus sentimentos negativos corre menos riscos de saúde. Portanto, venho informar os leitores que acabou-se o nice guy!
"A ONU apresentou ao Governo e a várias autoridades uma proposta de renegociação da dívida total pública e privada e da condições do resgate da troika".
"Dirigimos programas onde este paradigma do ajustamento já foi aplicado com resultados muito graves e onde foi preciso depois injectar capitais das Nações Unidas".
"O que propomos é separar claramente a dívida que resulta da má gestão política dos governos locais da que é da responsabilidade das autoridades europeias"
"Falámos com todos os órgãos de soberania (...) alguns disseram que assinariam por baixo e delegariam na ONU a negociação [da dívida com a troika]"
"Não é normal que um país com o nível de endividamento e o desvio no défice orçamental que Portugal já tinha, e no meio de uma crise de dívida que o país vivia, o governador do Banco de Portugal tenha sido eleito vice-presidente do BCE"
Expresso 22 de Dezembro.
Como é que é possível que tenham engolido esta?
Bastava ler estas linhas para ver que se tratava de um autodidacta. Jamais um representante da ONU se atreveria a criticar a carreira profissional de Vítor Constâncio, por exemplo, isto é obviamente um tema típico de conversa de café. Também é óbvio que pedir para renegociar a dívida total pública e privada só pode ser opinião de um leigo. E por aí fora. Não admira que alguns jornalistas (muitos também autodidactas) se tenham revisto nesta opinião generalista e de senso comum que este Artur Baptista da Silva expressou.
É caricato olhar para esta crónica, mas ainda é mais caricato que Nicolau Santos, depois de elogiar a opinião se desminta a si próprio pedindo desculpa aos leitores por a ter emitido.