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Gylfi Zoega, membro do Banco Central da Islândia, teve uma ideia luminosa, para a qual muitos de nós gostariamos de ter uma resposta. O problema, ao contrário do que aconteceu no seu país, é que, por esta bandas, a falta de tomates é notória. Aqui a culpa morre sempre solteira!
A imagem foi encontrada neste excelente blogue do Prof. Doutor Paulo Granjo do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS).
Que a cultura, em Portugal, está em crise não é novidade para ninguém... sempre esteve! Aliás a crise é tão profunda que até não conseguem quórum para protestarem contra as medias propostas pelo executivo!. É um grande "galo"!
"No mundo actual, investe-se cinco vezes mais em medicamentos para a virilidade masculina e em silicone para mulheres do que na cura da doença de Alzheimer. Daqui a alguns anos, teremos velhas de mamas grandes e velhos com pénis duros, mas nenhum deles se lembrará para que servem...".
Drauzio Varella, médico oncologista brasileiro.
Nem é só o facto de ser um ex-ministro do pior Governo de Portugal desde que me lembro. Nem é o facto de ser uma pessoa que não é da Caixa Geral de Depósitos, e como tal não a poder representar em nenhum board. Nem é sequer o facto de ter sido Ministro com a tutela da CGD, enquanto o actual chairman da CGD era presidente executivo da mesma. Nem é o facto de ser um político e um professor de Finanças, pouco conhecedor do mercado de telecomunicações e de se preparar para ir para uma empresa privada.
É o absurdo do presidente não executivo da CGD (Fernando Faria de Oliveira) se preparar para pôr um político, ex-ministro das Finanças que a tutelou, um homem que não tem carreira nas telecomunicações, em representação do banco do Estado na administração da Portugal Telecom, quando tem indicações claras da troika para vender, o mais depressa possível, as participações em empresas fora do sector bancário, como é o caso desta participação de 6,23 por cento na PT.
“A Caixa Geral de Depósitos vai ser um banco estritamente centrado no negócio bancário", já o disse o Presidente executivo da CGD (José de Matos). Mas para Faria de Oliveira o mundo não mudou, continua a ser como dantes. Faria de Oliveira continua a não resistir à tentação de ser o arquitecto das estruturas accionistas das empresas privadas e de pôr a CGD ao serviço da definição de administrações de empresas. Ora em nome do centro de decisão nacional, ora em nome da competência profissional dos administradores. Como se a CGD fosse Deus e Faria de Oliveira o seu profeta. Mesmo quando essa política de estratega na defesa dos centros de decisão nacional arrastou o banco do Estado para os prejuízos que teve no ano passado.
Não sei se é ingenuidade ou vaidade o que move Faria de Oliveira. Um misto das duas coisas?
Vem isto propósito das declarações de Faria de Oliveira ao Negócios: O presidente não executivo da CGD que propôs o nome de Fernando Teixeira dos Santos para integrar a lista como administrador não executivo da Portugal Telecom, em representação da Caixa, por considerar que "constituiria uma mais-valia de relevo para a PT". E pergunto eu: o que tem Faria de Oliveira a ver com isso, isto é, com a PT?
Graças ao Facebook as pessoas ganharam ( uma) consciência das mais diversas causas que agitam o mundo. E então, até agora, estavam a dormir?
Se eu dirigisse um jornal criava uma rubrica ao fim de semana a que chamaria "o Mundo ao Contrário" em que se inverteriam os papéis, seriam os entrevistados a entrevistar os entrevistadores. Pessoas que normalmente são entrevistadas a fazer perguntas a jornalistas por si escolhidos (de que meio de comunicação fosse), sobre ideias e histórias. As fotografias seriam todas bonitas. Os fotógrafos olhariam para os fotografados como se fossem modelos. As pessoas seriam todas bonitas e expressivas no jornal dirigido por mim. Haveria uma secção de opinião de blogs, onde todos os dias seria escolhido um post inteligente da blogoesfera para ser lido em papel. As secções seriam divididas em duas: Primeira Linha (onde caberiam todas as grandes notícias, independentemente do tema) e Segunda linha, notícias menos importantes do ponto de vista mediático. E claro poderia haver mini-secções de publicidade, marketing, automóvel, viagens, cinema, roteiro, desporto, bolsa, investimento, ciência, etc ...
Haveria uma secção grande entrevista (quando as houvesse) e secções de análise, onde se analisaria um tema a fundo. Só se publicaria opiniões inteligentes, e a opinião no jornal podia ser escrita por qualquer jornalista (não obrigatoriamente de directores) desde que tivessem uma boa ideia, com bons argumentos...
Ora aí está um jornal melhor sem grandes custos acrescidos, aproveitem a ideia.
"Dia de chuva é dia de pancadas"