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Essencial: Os juros dos títulos de dívida portugueses atingiram hoje valores recorde nos prazos a 5, 6, 7, 8, 9, 10, 15 e 30 anos. Para a maturidade a 10 anos, a ‘yield' chegou aos 14,69%, e no prazo a 5 anos, o juro chegou aos 18,54%.
Os actuais níveis recorde dos juros de Portugal mostram que os mercados estão a antecipar que Portugal vai ter de reestruturar a dívida no longo prazo.
Enquanto dependermos dos mercados (e não há alternativa) isto não vai lá. Nem vai dar tempo para as medidas de austeridade serem implementadas.
Acessório: Declarações de Cavaco Silva sobre a Reforma, que têm sido divulgadas por aí como uma ofensa aos portugueses e aos pensionistas, a meu ver com manifesto exagero, reparem na frase: "Ainda não sei quanto irei receber. Tudo somado, quase de certeza que não vai chegar para pagar as minhas despesas, pois eu também não recebo vencimento como presidente da República. Mas não faço questão quanto a isso".
Nenhum pensionista estava à espera de ganhar mais que o Presidente da República? Ou estava?
Acessório: Ministro da Economia sugere franchising do pastel de nata.
Notícia que gerou muita indignação barata. E no fundo só posso dar razão ao Ministro da Economia, a mim indigna-me mais que os pastéis de nata estejam a ser difundidos na Ásia pelos Ingleses e pelos Espanhóis. Um inglês explorou a ideia em Macau há duas décadas, reinventando a receita dos Pasteis de Belém que conquistou a Ásia.
Está tudo muito desnorteado. É a conclusão a que chego. Em Portugal muito facilmente o acessório assume o protagonismo que deveria ser dado ao essencial. Isso explica muita coisa.
O FBI acabou com o Megaupload... e a rede hacker Anonymous está a fazer a cabeça-em-àgua às autoridade americanas! Este será seguramente um "Admirável Mundo Novo".
Uma extraordinária homenagem ao cinema dos irmãos Lumière pela mão de Philip Glass, para ver e ouvir!
Vê-se afinal para que é que servem as UGT, não é para defenderem os direitos dos trabalhadores, é para defenderem símbolos: em troca da meia hora de trabalho a mais, João Proença conseguiu salvar o feriado de 5 de Outubro, o trabalho a mais mantém-se, claro.
Reparem nos títulos de capa dos jornais sobre o acordo histórico de concertação social:
"Despedimentos alargados em alterações de última hora" é a chamada de capa do Negócios sobre o tema. Já o jornal "i" opta por falar do 5 de Outubro. O "Público", com a palavra "Desconcertados", diz que o acordo tripartido "torna mais fácil e mais barato despedir e reduz indemnizações, subsídios, férias e feriados".
"Contratos em vigor livre dos cortes" é a chamada do "Correio da Manhã". "Jornal de Notícias" e "Diário de Notícias" optaram pelo mesmo assunto. No "JN" diz-se que "Patrões reconquistam sábado de trabalho" e no "DN" diz-se que "Patrões podem impor trabalho ao Sábado e só pagar mais 25%".
Moneyball - Jogada de Risco
Realização: Bennett Miller
Intérpretes: Brad Pitt, Jonah Hill, Philip Seymour Hoffman, Robin Wright, Chris Pratt, Stephen Bishop
Estados Unidos, 2011
A MINHA OPINIÃO:
Não gosto de basebol pelo simples facto que é um desporto que não entendo a sua mecânica. Neste sentido, se a minha critica se sustentasse nessa premissa não daria ao filme qualquer crédito. Acontece que este desporto funciona, aqui, como o "embrulho" de uma realidade bem concreta: A América, os seus sonhos, os ideais e, com evidência bem marcante, os mecanismos "funcionalistas", patentes na utilização das estatísticas em prol dos resultados desportivos, que é também - como se vê e se viu em tantos filmes feitos "à americana", um retrato deste grande país. Numa perspectiva técnica é um filme bem realizado e, principalmente, bem interpretado que, todavia, não me satisfez completamente, mesmo que tenha passado um bom momento de entretenimento: Aliás, não é (também) disto que as pessoas procuram quando vão ao cinema?
NOTA: 3/5
De vez em quando há esquerdistas que tem um apurado sentido de humor.