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Fazer boas críticas dá trabalho, por isso são tão raras. No blog Elevador da Bica há uma crítica feroz ao livro que Mário Soares acaba de lançar com o título «Um Político Assume-se». A crítica tem o título expressivo de Mário Soares: o político que não se assume. A não perder.
Em vez de vermos a fotografia no seu todo olhamos para as miudezas.
Eu cresci a ouvir falar mal de Mário Soares, isso talvez me tenha impedido de o ouvir com atenção. Estive hoje a ouvir a entrevista que deu à SIC, à Ana Lourenço, e apesar de o considerar um utópico (sobretudo quando diz que quem manda no mundo é o povo que elege os governos em democracia e não os mercados) achei muito interessante algumas das coisas que disse. É uma pessoa que está encantadoramente enganada sobre o que move o mundo, o que não deixa de ser fascinante.
Porque é que os ricos hão-de mandar no mundo? Pergunta Soares, em tom de indignação, referindo-se aos G7, G8 e G20? Ora a resposta é simples, nos dias de hoje o poder vem do dinheiro, porque o dinheiro é fundamental à sobrevivência de um país. De que serve falar de soberania, quando um Estado para sobreviver precisa de emitir dívida nos mercados. Desde que perdemos as colónias que deixámos de ser autosuficientes. A nossa soberania acaba no momento em que gastamos mais do que produzimos.
Portanto estas magnas questões são belas, mas neste caso a vida não imita a arte. Infelizmente.
A verdade por detrás da bela ideia de democracia é que os políticos foram gestores abusadores, porque nunca sentiram o dinheiro que geriam como seu, o resultado foi o acumular de um excessivo endividamento.
Publicado também no Corta-Fitas
Fica aqui a minha homenagem ao Fado de Coimbra na voz do Dr. José Afonso (ao vivo no Coliseu).
Porque o Fado não é (só) Lisboa e o resto paisagem!
Ontem ao “passear” pelo meu Facebook deparei com o filme “Sentimentos”, um projecto idealizado e realizado por Hélio Félix, e que conta com as participações de Custódia Gallego, Diamantina Rodrigues, Isabel Figueira, João Lagarto e Nuno Lopes. Trata-se de “um conjunto de pequenas narrativas que exprimem alguns dos nossos sentimentos mais comuns”.
Os blogues tem que servir para apresentar causas, defender valores, dar a conhecer pessoas que, como os projectos, lutam contra a maré! Foi com este sentimento que, como é hábito nesta rede social, disse gostar deste projecto. Porque, além de gostar de cinema, de desejar que o cinema nacional consiga (finalmente) afirmar-se, acho que, nas adversidades, temos que fazer nosso o lema dos Mosqueteiros: “Um por todos, todos por um”!