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Agora comecem a trabalhar. A concretizar a venda do BPN (desde que deixaram de ter o prazo da troika, nunca mais fizeram o contrato de promessa de compra e venda); a fechar 20% das empresas do Estado; a vender a EDP e a REN; é preciso arrumar a casa: até agora há empresas com administradores em fim de mandato que se perpetuam por lá, como a ANA; há Direcções a mais; há facturas por pagar a fornecedores que impedem os serviços de serem continuados, alguns deles são importantes até para o Estado vir a obter mais receita. É preciso pôr a mão na massa para que tudo comece a funcionar bem. Uma grande parte dos gastos do Estado resulta da inércia e da imobilidade.
Os dois últimos escalões de IRS deixam de poder deduzir despesas com imóveis a partir de 2012 (IRS de 2013), e ainda deixam de poder deduzir despesas com saúde e educação.
A redução do número de funcionários públicos será de 2% entre os anos de 2012 e 2014, mantendo-se os salários congelados até 2013.
Imposto extraordinário de solidariedade em sede de IRS para o escalão mais elevado traduz-se num aumento de 2,5%, passando dos actuais 46,5% para os 49%.
No caso do IRC, vai haver um agravamento da derrama estadual para as empresas que apresentem lucros mais altos, sendo o agravamento na ordem dos 3% sobre a parte do lucro tributável superior a 1,5 milhões de euros, também durante um ano.
O governo vai também aumentar a tributação sobre as mais-valias, passando dos 20% para os 21%, igualando-a assim às restantes taxas liberatórias.
O calcanhar de Aquiles é aqui o facto de a Estratégia Orçamental prever a redução do número de empresas do Estado na ordem dos 20% - o universo total de empresas do Estado é de 94 empresas - mas o governo dizer ser "prematuro enunciar quais as que vão ser extintas". Ou seja, não se fará tão cedo.
"Passos Coelho convida espanhóis para privatizações em Portugal"
Longe vão os tempos da defesa nacional contra os vorazes espanhóis. A defesa dos centros de decisão nacional (que normalmente queria dizer defesa das empresas portuguesas dos compradores espanhóis) está praticamente a caminho de ser catalogado como arqueologia.
" A experiência artística é um caso particular de experiencia estética na medida em que a arte permite proferir um juízo sobre o belo. Juízo sobre o belo e não a existência de um objecto belo[1]".
Outros exemplos sobre a desmistificação do belo são premiadas anualmente pelo World Press Photo.
[1] Cohn, Danièl; "As artes, o verdadeiro e o junto" em A urgência da teoria, Edições Tinta-da-china, Lisboa, 2007, p.318.
O Presidente Obama afirmou que a economia norte-americana sofreu um “ataque cardíaco” e que se encontra a recuperar lentamente. Ora, como a nossa situação ainda é mais grave do que a dos norte-americanos, acho que seria útil chamar-se urgentemente um padre para ministrar a extrema-unção. Sim, porque bem vistas as coisas isto só vai com um milagre!
"Antes de se diagnosticar com depressão ou baixa auto-estima, primeiro certifique-se de que não está, simplesmente, cercado por idiotas!"
William Gibson
Importa-se de repetir?
"O amor fino não busca causa nem fruto. Se amo, porque me amam, tem o amor causa; se amo, para que me amem, tem fruto: e amor fino não há-de ter porquê nem para quê. Se amo, porque me amam, é obrigação, faço o que devo: se amo, para que me amem, é negociação, busco o que desejo. Pois como há-de amar o amor para ser fino? Amo, quia amo; amo, ut amem: amo, porque amo, e amo para amar. Quem ama porque o amam é agradecido. quem ama, para que o amem, é interesseiro: quem ama, não porque o amam, nem para que o amem, só esse é fino."
Padre António Vieira, in "Sermões"