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«O primeiro-ministro, José Sócrates, propôs hoje em Tripoli a realização de uma conferência sobre energias renováveis em Lisboa e recusou falar sobre a situação económica portuguesa, a que chamou "uma obsessão" dos jornalistas». Quando se constrói a realidade nos alicerces das aparências, cai-se no engodo de achar que mudando as aparências, se muda a realidade. Mas já dizia Woody Allen: "E se tudo for uma ilusão e nada existir? Nesse caso, não há dúvida que paguei demais por aquele tapete novo".
Anteontem saiu para os jornais que o Ministro das Finanças convocou os banqueiros dos quatro maiores bancos. Depois desmarcou.
O meu palpite é que Teixeira dos Santos queria "partilhar" com os banqueiros a pressão que tem sofrido da União Europeia para pedir ajuda ao FMI. E queria saber que tipo de consequências poderia isso vir a ter para a capacidade de financiamento dos bancos portugueses. É só um palpite.
Portugal ground to a halt yesterday as unions staged...delays after most flights in and out of Portugal were cancelled. More than three quarters...produces an average of 500 cars a day and is Portugal’s biggest exporter. There was sporadic...
LEMONDE.FR avec AFP et Reuters
A estas horas deparei-me com uma intervenção inteligente de António Pires de Lima, a propósito da Greve Geral de hoje. Na TVI a convite de Constança Cunha e Sá, António Pires de Lima explicou que Portugal terá de se refinanciar em 40 mil milhões em 2011, e que se continuar a estas taxas (7% ou 8%) estas medidas de austeridade não vão chegar, e se calhar, por muito humilhante que seja, devíamos pensar em pedir ajuda ao FMI porque nos permite financiar a taxas mais baixas. Diz Pires de Lima que estas medidas (tomadas à força por este Governo que se pudesse continuaria a fazer tudo para evitar confrontar-se com a realidade) são injustas porque vão buscar aos salários o dinheiro para pagar exclusivamente a diferença dos juros da dívida.
Ou seja, estes sacrifícios nem sequer servem para melhorar a economia. Servem para ajudar o Estado a pagar a exagerada dívida pública que contraiu ao longo do tempo...
O Público põe na primeira página: «A geração mais qualificada de sempre está a deixar o país». Pois pudera, as oportunidades aqui só surgem depois de serem valorizados lá fora...
Lembrei-me de uma capa antiga de um jornal que dizia «Cérebros fogem de Portugal» e que acrescento, alguns deixam cá os donos!