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O tempo é o único bem que não se pode comprar

por Maria Teixeira Alves, em 28.01.10

Às vezes lembro-me de coisas que na altura, por soberba, não lhes dei grande atenção. Pequenas coisas de que só tenho uma vaga ideia.
O que não me prendia a atenção na altura, e eu sempre fui muito focada, passou por mim ao de leve. Hoje apetecia-me revisitar esses sítios e não estão nítidos nos recônditos da minha memória. Um desses sítios é o Banana´s em Alcântara. Fui algumas vezes, mas tenho apenas uma vaga ideia do sítio e do tempo. Como a minha "boîte" era o Vangôgo, em Cascais, nunca liguei muito ao Banana´s. Hoje apetecia-me voltar lá e ver quem estava. Prestar atenção às pessoas....
Conheci mais tarde quem ia todos os fins de semana para lá, gostava de ver como eram nessa altura...

 

Eu distraí-me da vida que passava. Tenho muitas vezes o dom de me focar no inútil. Talvez por poupança de energia, não me disperso por muitas paragens.

 

Quando se despreza o tempo, o tempo vinga-se.

publicado às 18:37

Desalento

por Maria Teixeira Alves, em 25.01.10
Estamos num filme sem guião, que vive de belas imagens soltas.

publicado às 18:13

De repente...

por Maria Teixeira Alves, em 25.01.10
Pensar que toda a ideia de felicidade nasce de uma frustração

publicado às 17:27

Morreu Rohmer

por Maria Teixeira Alves, em 12.01.10

Eric Rohmer era o "ancião" da nouvelle vague. A era dos grandes realizadores, a era da apologia da sedução, das histórias de amor, que tem o seu auge em François Truffaut [autor do Homem que Gostava de Mulheres; do Quatrocentos Golpes; Beijos Roubados (1968), Domicilio Conjugal (1970) e Amor em Fuga (1979); do a Noiva Estava de Luto]. Rohmer [autor do O Joelho de Claire; A minha Noite em casa de Maud: da Inglesa e o Duque] foi um escritor falhado. Ele dizia que os seus filmes eram adaptações de livros que não tinha conseguido escrever. Era o homem que encenava a literatura, sem ela. Era como se tivesse os livros escritos na sua memória e os passasse directamente para a tela, sem passar pelo papel.
Nos filmes de Rohmer (como de Truffaut) os homens eram os sedutores, e o porto seguro da mulheres na sua inerente fragilidade feminina.

publicado às 07:47

O perigo das palavras

por Maria Teixeira Alves, em 12.01.10
Nestes tempos conturbados, pensei que é preciso ter muito cuidado com as palavras com grandes cargas emocionais, como a Tolerância, a Caridade, a Discriminação. É que o mal tende a usá-las para se transvertir de bem. São a matéria-prima da demagogia.

publicado às 07:43

A Hipocrisia de uma Lei política

por Maria Teixeira Alves, em 11.01.10
Na passada semana a esquerda fez aprovar no Parlamento a instituição do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Em nome "da tolerância" e do combate à "discriminação". Como o PS teve medo de perder as eleições não se atreveu a estender a promessa, destas ligações serem equiparadas juridicamente a casais, à adopção de crianças. Digo juridicamente, porque biologicamente não há volta a dar. Estas ligações são ilegítimas à luz da "lei da natureza", apesar de existirem.
Mas claro, uma vez no poder, os senhores governantes socialistas vão tentar uma artimanha, muito típica deste tipo de pessoas, que é permitir que homossexuais que tenham adoptado, possam consagrar legalmente essa maternidade na nova qualidade de casais. Se não vejamos esta pérola: "A lei aprovada na passada sexta-feira vai agora ao debate na especialidade e o PS, pela voz do deputado José Lello, mostrou-se já disponível para encontrar uma formulação que não ponha em causa a situação de homossexuais que tenham já adoptado. Levado à letra, o texto da nova lei pode vir a conflituar com a situação dessas adopções já existentes, caso os adoptantes optarem por formalizar agora o casamento". E "poderemos ter de clarificar o texto, o que pode implicar dar um retoque na redacção do ponto dois do artigo referente à adopção para que não fique a ideia de que se vão coarctar direitos adquiridos", disse José Lello ontem ao PÚBLICO, deixando entender que esta é uma das matérias que podem suscitar a questão da constitucionalidade".
A esquerda, por proposta do PS (e de Sócrates que quer ser o novo Afonso Costa), aprovou uma alteração ao milenar casamento, em nome de uma promessa eleitoral. Hipócritas como são, fingiram que estavam a assegurar que não queriam que estes "casais" adoptassem crianças porque se tratava de uma terceira pessoa. Uma criança e não um adulto.
Sócrates defendia o casamento homossexual em nome da "liberdade da vontade entre dois adultos". Mas veja-se a verdade dos factos: "Poderemos ter de clarificar o texto, o que pode implicar dar um retoque na redacção do ponto dois do artigo referente à adopção para que não fique a ideia de que se vão coarctar direitos adquiridos". Ou seja, vão permitir que homossexuais que tenham adoptado (ilegalmente) possam regularizar a situação. Então onde é que está a coerência meus senhores? Estão a convidar a que os homossexuais, primeiro adoptem e só depois é que se casem. Ou não? Os homossexuais (as) que adoptaram foi porque esconderam a condição sexual, pelo que violaram a lei.
Mais, o governo prepara-se para criar condições de procriação artificial, para homossexuais (mulheres). Ora com o tamanho do nosso país, em três gerações temos incesto involuntário de embarda. Irmãos que casam com irmãos, filhos com pais. Mas mais uma vez as pessoas são míopes... não vêem ao longe!
Outro ponto importante. O casamento entre homossexuais tem um cariz simbólico. Para estes que sofrem com a sua condição (a sua libido, por alguma falha, foi desenvolvida em contradição com o seu corpo), esta é uma forma de relativizar a verdade que os esmaga: a lei natural da heterossexualidade. O desejo (libido) foi criado com a função de atrair os sexos diferentes com vista à procriação, e assim assegurar a continuidade da espécie. Essa verdade biológica é a verdadeira razão das angústias que assolam os homossexuais. A sociedade é meramente um bode expiatório do seu sofrimento.
Não restam dúvidas que esta lei que foi aprovada no Parlamento tem a missão de instituir a relativização da heterossexualidade, retirando-lhe um estatuto de regra, para a reduzir a mera opção. Ora, é caso para se dizer, que a lei está em contradição com a biologia. Mas esta é sempre soberana.
O uso de crianças para confirmar esta verdade fabricada é tão mais irresponsável e grave, quanto se pensa que a homossexualidade não é inata em si, e resulta de vulnerabilidades ao meio externo. Ninguém sabe a influência que têm os progenitores, ou as figuras substitutas, na evolução da libido, mas vêm falar de "bem para as crianças". Como dizem os psicólogos sem medo das pressões políticas e culturais: "A Homossexualidade tem na face interna dos seus disfarces a etiqueta da psicose, quer dizer, de algo mais grave que a neurose comum de que somos todos feitos". E ainda "todos os homossexuais, masculinos ou femininos são portadores de um núcleo psicótico que os entristece. Na verdade, escondida por baixo de sua alegria pueril, há uma tristeza de quem acha que o que não tem remédio, remediado está. Só que isso não é verdade. Há tratamento para os homossexuais na psicanálise, desde que o queiram. Isto vale mais, em termos de ajuda, que a institucionalização do desvio evolutivo da libido pela admissão de que existe um terceiro sexo".

publicado às 05:18

Agustina dixit

por Maria Teixeira Alves, em 01.01.10
Resposta à pergunta o que faria se fosse Ministra da Cultura: "instituía de imediato um prémio para os analfabetos. Agora estamos a fazer analfabetos com uma rapidez estonteante. Mal aprendem qualquer coisa vão logo para a internet e nunca mais lêem um livro ou escrevem uma carta...."

publicado às 19:07


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