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Óscares

por Maria Teixeira Alves, em 26.02.17

Cinema é La la Land. Os outros são sobretudo filmes de causas (Moonlight, Vedações, Elementos Secretos) políticas.

publicado às 20:40

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O ministro das Finanças, Mário Centeno, propôs Francisco Louçã, Francisco Murteira Nabo, João Talone e Luis Nazaré para o Conselho Consultivo do Banco de Portugal, foi a notícia da semana passada.

Vale a pena reproduzir aqui o artigo de opinião do João Miguel Tavares, sobre a nomeação de Francisco Louçã para o Conselho Consultivo do Banco de Portugal.

As aventuras de Louçã no Banco de Portugal

Este é só mais um exemplo de que neste país vale tudo, porque ninguém leva realmente a sério coisa nenhuma.Não sei se é Francisco Louçã que está mais capitalista, se é o Banco de Portugal que está mais revolucionário, mas esta sua nomeação para o Conselho Consultivo do banco central português parece uma partida de Carnaval. Após o comunicado do Conselho de Ministros declarar que a nomeação de Louçã se justifica pela sua “reconhecida competência em matérias económico-financeiras e empresariais” estava à espera, a todo o momento, que a ministra da Presidência saltasse de trás de uma cortina vestida de índio, com uma pistola de estalidos, a ulular: “Era no gozo! Esqueçam lá isso do Louçã!” Mas não. Parece que é mesmo a sério.

Desculpem. Se o trotskista Francisco Louçã foi nomeado para o Conselho Consultivo do Banco de Portugal eu exijo ser duplamente nomeado para a Comissão Política do Bloco de Esquerda e para o Comité Central do PCP. Catarina Martins e Jerónimo de Sousa encontram o meu mail no final deste texto. É só indicarem os dias e as horas das reuniões, que eu apareço lá com uns livros de Milton Friedman e John Stuart Mill. Tal como Louçã, dispenso remuneração. É mesmo só pelo divertimento e pelo prazer em apresentar “opiniões fora da ortodoxia”, que foi a justificação que Francisco Louçã deu ao Diário de Notícias para a sua nomeação.

Às tantas o Banco de Portugal agora é a Assembleia da República, e tem de ter representação das várias sensibilidades parlamentares. Seria uma boa notícia para o senhor do Partido dos Animais, mas uma péssima notícia para o país. O Banco de Portugal faz parte do Eurosistema, e o Eurosistema tem como objectivo primordial definir e executar a política monetária do euro. Para quem tem falta de memória, recordo que a opinião de Francisco Louçã sobre o euro é esta: “O euro é destruidor de Portugal.” E esta: “É preciso pensar na saída do euro.” E esta: “O euro não tem salvação.” Ora, receio bem que isto não seja propriamente fugir à “ortodoxia”. Isto é simplesmente não acreditar na missão fundamental do banco que tem o dever de aconselhar. Faz tanto sentido quanto um vegetariano comer todos os dias um bitoque ao almoço para fugir à “ortodoxia”. Um homossexual dormir exclusivamente com mulheres para fugir à “ortodoxia”. Ou o papa Francisco passar a aconselhar o ayatollah Khamenei para fugir à “ortodoxia”.

Já vi gente criticar a nomeação de Louçã pelo facto de ele não ter, ao contrário do que se diz no comunicado do governo, qualquer “competência em matérias empresariais”. É verdade que não tem, mas esse está longo de ser o principal problema. O problema, minhas senhoras e meus senhores, é que Francisco Louçã não acredita no capitalismo. Está no seu inteiro direito, como é óbvio, mas não acredita. E acreditar no capitalismo deveria ser o mínimo dos mínimos para aconselhar o Banco de Portugal. Eu sei que muitos olham para o Bloco e para o PCP como uns partidos cheios de boas intenções e nenhumas consequências práticas. Mas eles têm princípios e objectivos políticos. Leiam os estatutos do Bloco, se faz favor. Está logo no artigo 1º: “O Bloco de Esquerda é um movimento político de cidadãs e cidadãos que (…) se comprometem (…) com a busca de alternativas ao capitalismo.” Francisco Louçã entregou o cartão de sócio da agremiação e não avisou ninguém? Converteu-se ao capitalismo e não sabemos? Ou este é só mais um exemplo de que neste país vale tudo, porque ninguém leva realmente a sério coisa nenhuma? Eu voto nesta última hipótese.

 

O sonho da esquerda é virar capitalista

publicado às 15:50

Um grande filme

por António Canavarro, em 25.02.17

 

Ontem vi o último filme de Denzel Washington, Fences (Vedações, em português). É a adaptação de uma peça de teatro de  August Wilson datada de 1987, tendo vencido então o Pulitzer do Teatro.

 

Gostei muito deste filme. Gostei do argumento e em especial a análise fria, dura sobre as relações humanas onde muitas vezes criamos barreiras (vedações) que nos afasta, e nos torna solitários.

Com um elenco particularmente reduzido destaco em particular o desempenho de Viola Davis. Uma verdadeira diva!

Este "Vedações" está longe de ser uma obra prima, mas que me convenceu, lá isso convenceu!

 

 

publicado às 16:54

Razzie Award ou o outro lado do cinema!

por António Canavarro, em 25.02.17

Porque o cinema tem dois lados fiquem com este. São os piores filmes do ano. São os Razzie Award!

publicado às 16:41

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Foi o anterior Governo, com Paulo Núncio a Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais que estipulou que o prazo de caducidade para a liquidação de imposto em atraso, que é de 4 anos no geral, tenha passado para 12 anos desde que uma offshore esteja envolvida. Portanto sobra tempo para cobrar impostos se for esse o caso no tratamento das 20 declarações das transferências das offshore. 

Como é que se faz essas declarações? É preciso preencher o modelo 38. Normalmente a entrega às Finanças dessas declarações é posterior à realização das transferências para as offshore, e essas declarações foram enviadas, só não foram tratadas as 20 declarações. Tratamento significa cruzar dados para saber se essas transferências tinham um propósito ilícito, ou origem de fundos ilícito.

Mas não há prejuízo irremediável para o Estado. 

publicado às 00:01

Intemporal!

por António Canavarro, em 22.02.17

 "A cegueira do juízo e amor-próprio é muito maior que a cegueira dos olhos".


Padre António Vieira; "Sermões"

publicado às 22:48

Le Pen no reino da estupidez.

por António Canavarro, em 19.02.17

 

É por gente assim, espertalhões, que o populismo vai de vento em popa. Portanto, em vez de uma Le Pen é bom que a França escolha um doce Macron (diz-se macaron)

publicado às 21:22

Lá e cá!

por António Canavarro, em 13.02.17

Esta manhã, porque é o dia Mundial da Rádio, ouvi no Fórum TSF um jornalista, creio que o sub-director de um jornal económico, a dizer que a política hoje faz-se conforme os caracteres do twitter. Achei que a metáfora era pertinente e bem actual. Trump usa e abusa dessa rede social.

Por cá as redes sociais não tem essas funções, nem tampouco - porque regime político é diferente - o nosso presidente tem tanto poder como o seu homólogo norte-americano, mas não é o que parece.

Como fala - ou ameaça falar - de tudo e de nada qualquer dia ninguém lhe liga patavina! 

publicado às 22:03

CGD foi a peça de dominó que caiu no jogo do Governo

por Maria Teixeira Alves, em 11.02.17

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António Costa tinha acabado de chegar ao Governo e queria fazer da sua bandeira política a banca. Achou que ali havia um filão de oposição política porque eram todos casos complicados e de difícil solução, porque há limitações financeiras e legislativas (se não houvesse falta de dinheiro e não se estivesse sob a alçada do BCE e da DGComp era fácil resolver. Por isso é que qualquer comparação com a intervenção dos ingleses no Lloyds Bank é absurda).

António Costa pensou que tudo se conseguia negociando e tendo o principal árbitro da legislação do seu lado (o Presidente da República) pôs mãos à obra.

Nomeou comissários para negociar com banqueiros, prometeu trocas e baldrocas Tudo em nome das negociações para criar soluções para o sistema bancário. Isto acabou com o Governo a criar uma legislação que permitisse ao BPI ser comprado em OPA pelo CaixaBank (retirando da equação os accionistas angolanos), e em troca foi lá buscar o vice-presidente do banco para ter um banqueiro que convencesse Bruxelas a aceitar uma série de coisas difíceis de aceitar, como um acordo para que os bancos não tivessem de suportar o excessivo peso das perdas do Fundo de Resolução com a venda do Novo Banco, e um aumento de capital da Caixa Geral de Depósitos que fosse significativo (e que não fosse considerado ajuda de Estado) para ajudar a CGD a fazer write-offs de créditos, reforçar imparidades, e pagar ao Estado os CoCos de quase mil milhões de euros. 

Na cabeça do primeiro-ministro era um jogo de xadrez que bem jogado levaria ao xeque-mate. Angolanos fora do BPI, António Domingues na CGD para fazer um mega aumento de capital, sem que este fosse considerado ajuda de Estado, depois o BPI iria comprar o Novo Banco com benesses a garantias do Estado (de Frankfurt e Bruxelas) em nome da promoção da consolidação bancária. Os chineses e os angolanos que se acotovelassem no BCP. Costa e Marcelo facilitaram as leis para que tudo fosse permitido em tempo record, para não dar tempo para correr mal.

Na CGD António Domingues para além de pedir o fim da subjugação do banco ao estatuto do gestor público, pediu a isenção dos deveres de transparência em quatro emails (sem nunca falar do Tribunal Constitucional, diz o Público) e também total autonomia na gestão do banco público. O Governo aceitou as condições, mas sem nunca se comprometer por escrito com a questão do Constitucional. Mas na verdade essa questão nunca foi um lapso. O Governo aceitou aliás que fossem os advogados de António Domingues a desenhar a lei que melhor cabia a António Domingues e à sua administração e gestão para a CGD. O Ministério das Finanças confirmou que foi António Domingues a preparar a legislação que iria concretizar a excepção para si e para os restantes administradores da CGD, Mais. Aceitou que fosse a CGD a pagar a factura dos advogados e da consultora Mckinsey [que desenhou o plano de capitalização da CGD] à posteriori. Isto não será crime? Isto de levar a uma instituição pública uma factura de assessores jurídicos e consultores que não foram contratados pela CGD e são-no à posteriori. Não era preciso prévio concurso público?

Os emails enviados por António Domingues ao Ministério das Finanças antes da sua contratação, consultados pelos jornais, são segundo o Público uma extensa lista de exigências, explícitas e implícitas (fica por saber porque não transformou as implícitas em explícitas?), para que aceitasse assumir a presidência da Caixa Geral de Depósitos. António Domingues queria menos exigências de transparência sobre os rendimentos e património dos administradores e nenhum controlo político sobre a gestão, equiparando totalmente o banco público ao privado.

O Governo aceitou tudo e tinha a cobertura do Presidente da República para fazer passar tudo (promulgou em tempo recorde a mudança do estatuto do gestor público).O Governo e o Presidente sabiam que os advogados (que falharam a sua missão) de António Domingues fizeram a alteração ao Estatuto de Gestor Público achando que essa seria suficiente para libertar todos os administradores das obrigações de divulgar as declarações de rendimentos e património normalmente exigida a quem desempenha cargos públicos. 

O jogo de António Costa foi sendo construido meticulosamente mas as peças do dominó começaram a ruir. O tempo não esteve do lado do primeiro-ministro.  No BPI o processo arrastou-se numa sucessão de assembleias gerais suspensas por querelas jurídicas, ao ponto de o CaixaBank só esta semana ter conseguido comprar o BPI. O tempo não ajudou ao interesse do BPI no Novo Banco.

Na CGD, desde logo os entraves europeus a algumas exigências do então novo presidente CGD. Entrave a nomes de administradores e ao modelo de governo. Meses a fio à espera. As exigências de António Domingues ameaçavam ser um problema político mas com o Presidente da República a defender em coro a mudança de estatutos da CGD, o Governo pensou que podia resolver-se. Os fins justificam os meios. Tudo em nome de uma solução para problema da Caixa. 

Deixaram todos correr a coisa da isenção dos deveres de transparência. Mas Luís Marques Mendes trouxe o caso a público questionando se seria um lapso uma vez que havia uma lei de 1983 que obriga os detentores de cargos público (todos sem excepção) a apresentar as declarações de rendimentos e património ao Constitucional. O prazo do Tribunal Constitucional para os gestores apresentarem as declarações ainda estava a correr quando o tema rebenta nos jornais, e, ou muito me engano, ou isso ajudou a que se traduzisse numa tentativa de forçar os gestores a regularizarem a sua situação antes do fim do prazo. Mas acabou com a saída deles.

No entanto a substituição de António Domingues não fechou o dossier político da CGD.

Com o tempo a escolha de António Domingues revelou-se a ser mais parte do problema político do que da solução e lançaram-no aos lobos. As mudanças de administração da CGD acabam por adiar todo o plano para a CGD para este ano. 

O Novo Banco continua sem ser vendido e com uma conjuntura política mais difícil agora: um Ministro das Finanças enfraquecido pelas polémicas à volta da CGD.

No fim da história. O embaraço criado pelo convite a António Domingues promete fazer moça ao Ministério das Finanças. O Novo Banco está em contra-relógio para a sua sobrevivência, como banco autónomo e fora do estatuto de banco de transição (o que implica vender 100% dos activos e das acções).

A CGD vai fazer um aumento de capital gigante depois de apresentar prejuízos exorbitantes e pode não cumprir os compromissos de regressar aos lucros já este ano. Porque os lucros não nascem nas árvores e o banco tem de fazer uma emissão de subordinadas de elevada subordinação com um juro altíssimo. 

P.S O António Lobo Xavier desvendou porque razão não se lembraram os advogados de Domingues da lei de 1983. Está explicado: Lobo Xavier chama a atenção para o facto de a alteração no Estatuto ser da “competência do Governo”, ou seja, “o Governo podia legislar sobre essa matéria”, “coisa que fez ao abrigo das férias de verão disfarçadamente”. Contudo, a lei de 1983 que viria a obrigar a apresentação das declarações está no âmbito das competências da Assembleia da República e, por isso, “o Governo não podia mudar sozinho”.

publicado às 16:01

De vida e para a vida

por António Canavarro, em 10.02.17

Sem darmos conta disto somos um discos riscado: as questões são sempre as mesmas que, embora os protagonistas sejam outros, voltam. Não para nos assombrar, mas para darem conta da nossa condição, da nossa "finitude". Todavia, e como há sempre uma volta a dar, criamos os nossos refúgios, como seja a memória, para continuarmos no nosso caminho.

Falo, como devem entender, da morte! Não da minha, já que mais dia menos dia chegarei ao fim deste percurso de vida, mas da dos outros. Que, seja pelo luto e pela dor que comporta, é sempre a nossa: porque, aliás “quem morre são os outros”, máxima lapidar de Marcel Duchamp, é o retrato da nossa condição, mesmo quando –  e variando os cenários – em nome da sobrevivência, de interesses indivisíveis, como ideal de uma "ideia de paz" que quase sempre justifica a guerra, tenhamos que matar!

O disco está riscado, é um facto. A História da Humanidade, se vermos bem as coisas, não passa de ser isso mesmo, inclusive quando alguns iluminados diziam que não se repete e /ou cantavam o seu fim.

Este é o lamento de um pai, de um pai solidário. De pensar que o destino de Bernardo Dourado, ou de outro qualquer anónimo jogador de rugby, podia ser o dos meus filhos.

O jovem jogador de rugby da equipa do Caldas da Rainha, de apenas 16 anos de idade, perdeu a vida quando treinava: foi traído pelo seu coração. Foi traído a fazer um desporto, que amava e pelo qual deu a sua vida.

Não sei se existem mortes santas, sei que umas são seguramente melhores do que outras, sem sofrimento!

Sei, todavia que a vida não para, que a Terra continua a girar, e que hoje, aqui em Santarém, e um pouco por todo o lado, os jovens e menos jovens, continuarão a jogar este desporto. Um desporto é uma escola de vida e para a vida. E seguramente que a vida do Bernardo não será esquecida. Que ele descanse em paz

 

publicado às 15:55

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