Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]




Fernando Ulrich já tinha dito, na entrevista ao Expresso que uma das soluções para reduzir a exposição aos grandes riscos em Angola é "fazer uma cisão, criando uma holding onde fica a posição no BFA, e as acções dessa holding são distribuídas aos accionistas". Na altura disse ao Expresso: "essa holding teria, no início, a mesma estrutura accionista do BPI, mas seria cotada na bolsa, pelo que quem quisesse depois podia vender", acrescentando que esta estrutura seria comparável a "um banco irmão" do banco português. "Poderá também ser criada uma holding em que se abre o capital a investidores internacionais, mas da qual o BPI será também accionista, com menos de 50%" disse também Fernando Ulrich , revelando que a solução poderá ser "uma combinação" destas possibilidades.

Aí está a confirmação da profecia. Santoro a caminho de controlar BFA. O futuro (e cá estaremos para ver) é o fim da blindagem dos votos no BPI a pedido do Caixabank, por acordo da sociedade de Isabel dos Santos.

Em comunicado ao mercado, o BPI para acomodar o limite de exposição a grandes riscos decorrente da exposição do Banco de Fomento Angola ao Estado Angolano e ao Banco Nacional de Angola, anuncia que as posições no BFA em Angola e BCI em Moçambique passam para a Nova Sociedade (mais uma marca branca no sector financeiro).

Há a salientar que Angola contribuiu com mais de 90% para os lucros consolidados do BPI, o que significa que esta operação irá ter impacto nos lucros do BPI.

Como será feita?

O BPI vai entregar aos seus accionistas a maioria do capital do Banco de Fomento Angola, além de outras participações no sector financeiro africano, para respeitar as exigências do Banco Central Europeu que exigia que a instituição liderada por Fernando Ulrich reduzisse a concentração de riscos ao Estado angolano.

 Na prática, o banco vai transferir para a Nova Sociedade (sem o passivo) 50,1% do BFA, 30% do BCI, 100% do BPI Moçambique e outros activos de suporte daquelas unidades de negócio. Esta Nova Sociedade reproduz a estrutura accionista inicial do BPI, mas depois está prevista a entrada de accionistas (o BPI descreve que já há uma manifestação de interesse numa posição minoritária do BFA), quanto mais não seja através da bolsa. A nova empresa será cotada na Euronext Lisbon e terá um capital de 46 milhões de euros.

Segundo o Negócios, e isto é importante, a proposta para comprar uma posição minoritária no BFA é de Isabel dos Santos. Começa a desenhar-se o figurino futuro da triologia BPI, Caixabank e Santoro..

Com esta operação o BPI evita ter de se desfazer da carteira (elevada) de dívida soberana angolana, pois se o fizesse perdia a rentabilidade oferecida e depois ficava o banco com excesso de liquidez sem ter activos onde aplicar.

Há neutralidade fiscal exigida para a concretização da operação o que muito irritará os velhos opositores de esquerda de Ulrich.

Claro que esta operação tem de ser aprovada em AG e que a Santoro de Isabel dos Santos tem de aprovar, mas não parece provável que este anúncio não tenha sido precedido de um acordo informal por parte do accionista do BPI angolano que é o segundo maior accionista do BFA.

Os accionistas do banco podem vender parte da sociedade que aglutina posições em bancos africanos a terceiros, "com vista a solucionar a ultrapassagem do limite dos grandes riscos".

 P.S. Afinal,  depois de publicar no Facebook, avisaram-me que não há acordo com Isabel dos Santos. Meu Deus, o que se passa no BPI? Repete-se o cenário da OPA? Fernando Ulrich deve a esta hora lamentar o acordo que um dia fez com Isabel dos Santos para a tornar accionista do BPI.

publicado às 18:30

Se as sondagens não valem, porque as compram?

por Maria Teixeira Alves, em 29.09.15

Assisto com espanto à discussão que se tem desenrolado à volta das sondagens de voto para as próximas eleições de 4 de Outubro. Discute-se na praça pública a fé nas sondagens.

Parece incomodar sobejamente o facto de a coligação estar à frente em algumas sondagens. Inicialmente quando as sondagens davam vitória ao PS, ninguém comentava o simples facto de as sondagens serem feitas por ... telefone fixo. De repente é tema em cada fórum o facto de as sondagens só abrangerem o universo de pessoas que têm telefone fixo.

Suspeito que, não fosse a coligação de direita estar à frente das sondagens, e eu nunca teria descoberto essa nuance técnica: o universo de sondados têm telefone fixo. Mas alguém alguma vez exigiu em nota de rodapé a explicação de que a sondagem não é representativa porque só abrange pessoas com telefone fixo? Não, nunca. Mas essa é agora a explicação que todos os portugueses de esquerda (que têm a arrogância de achar que o povo está sempre maioritariamente com eles) e alguns de direita (que não acreditam na popularidade da sua direita) parecem ter encontrado para este fenómeno bizarro "a coligação PSD/CDS está à frente das intenções de voto dos portugueses". Como é que é possível?! É só porque contactam pessoas com telefone fixo, dizem.

As pessoas discutem hoje as sondagens como se discute religião: "eu acredito nas sondagens", ou "eu não acredito nas sondagens". Como se fosse uma questão de fé.

Os pivots dos telejornais questionam os directores das empresas de sondagens e insistem em plantar a dúvida: "Isto pode ser pouco viável, não é? Isto tem uma credibilidade relativa não é?"

Os humoristas fazem piadas. Como é possível que a coligação esteja à frente das sondagens? Não é por mérito da coligação, é por desmérito, do PS, ou... das empresas de sondagens.

É este o pensamento dominante!

Adaptando a frase metafórica do MRPP: Morte ao pensamento único! Caramba. 

publicado às 11:11

Na boca das urnas

por António Canavarro, em 29.09.15

Sondagens há muitas, e há quem as faça diariamente, e eu não acredito em nenhuma delas. Dia 4, na boca das urnas veremos quem irá ganhar, como também iremos aferir qual é o número de portugueses, que na sua irresponsabilidade - pois é disso que se trata - se absterão! 

Uma boa razão para não ligar a estes barómetros é isto e isto. Ou seja, como é possível que no mesmo dia, segundo o Observador a Coligação alarga vantagem para o PS e segundo o estudo feito para a RTP, o PS encurte distância para coligação?

De facto, o melhor mesmo é esperar pelo lavar do cestos. No entanto, como dificilmente haverá uma maioria inequívoca, estou mesmo a ver que qualquer dia iremos novamente a votos!

 

Sem Título.png

 

publicado às 10:46
editado por Maria Teixeira Alves às 11:10

Lições de experiências tristes

por Maria Teixeira Alves, em 23.09.15

IMG_2915.JPG

 "Uma das coisas que aprendi desta experiência triste, é que a maioria das pessoas põe à frente dos valores, os benefícios, as mordomias, o dinheiro e o poder e as pessoas que põem os valores à frente dessas mordomias são uma minoria muito menor do que eu pensava antigamente"

José Maria Ricciardi no Negócios da Semana

publicado às 23:16

To be or not to be. I am!

por António Canavarro, em 23.09.15

Encontrei na Visão online este texto que dá para pensar,  e até para mim, ou sobretudo para mim, que, gostem ou não gostem do que eu faço, sou um artista.
O texto intitulado “O maior falsário de sempre” sugere uma clara reflexão que cito:“Beltracchi pode ser um sobredotado da técnica e um homem muito inteligente e meticuloso. Ou seja, um grande pintor. Mas não é um artista.” Ou seja, mesmo que não tenha a técnica dele – muito longe disso – procuro ser. E um artista que em vez de ser quer ter, usurpando o que outros verdadeiramente fizeram, não é grande coisa. Não existe, até porque nem tudo é pintar!

Sim. Perante a clássica questão de Shakespeare eu respondo: I am!

 

WP_20150921_006.jpgSem Título. Técnica mista sobre tela. 2015 / Setembro

 

Este trabalho, feito ainda ontem, é da minha autoria e se Beltracchi, ou outro falsário, o imitasse até o considerava um elogio. Devo mesmo valer alguma coisa!

publicado às 12:04

Frases a reter

por Maria Teixeira Alves, em 18.09.15

A Standard &Poors's justifica a subida do rating português com o facto da dívida pública líquida portuguesa ter descido pela primeira vez em 15 anos.

P. S. Ou seja, crescimento do PIB 2,6% e Saldo primário positivo (receitas versus despesas, sem os juros) de 1,6%, diz a minha fonte.

publicado às 19:45

Tantos. Tantas esperanças e Portugal, como ficará?

por António Canavarro, em 18.09.15

 

 

publicado às 17:00

E Portugal?

por António Canavarro, em 18.09.15

Já sei que irão criticar mas Portugal (ainda) é Lisboa e o resto é paisagem!

 

Depois de ler isto, ou seja, que o PS ganha em votos mas perde em mandatos, tornando o país ingovernável lembrei-me do que escrevi, pedindo pragmatismo. Nosso e sobretudo deles. Esqueçam o poder, as glórias vãs, e pensem em Portugal. Num Portugal europeu! 

 

publicado às 16:30

Debate nas telefonias

por Maria Teixeira Alves, em 18.09.15

Dos resumos que vi, encontrei um Pedro Passos Coelho mais seguro, mais determinado, que corrigiu as falhas do debate anterior na Televisão. Pedro Passos Coelho ganhou o debate. O modelo de debate que foi transmitido na TSF, Antena 1 e Renascença, foi mais eficaz do que o televisivo. E os moderadores do debate na telefonia eram melhores do que os da televisão, talvez porque sejam verdadeiramente jornalistas de economia, área fundamental do debate.

António Costa, que na televisão tinha deitado ao tapete Pedro Passos Coelho com a Segurança Social, que se tinha perdido no palavrão "plafonamento", desta vez o feitiço virou-se contra o feiticeiro e o líder socialista enredou-se nas suas propostas para a sustentabilidade da Segurança Social. Pedro Passos perguntou e António Costa não respondeu: como vai poupar 1000 milhões na segurança social?

Este debate foi mais esclarecedor do que o primeiro. Desta vez houve Europa e refugiados, temas ausentes no anterior debate. Houve impostos, dívida, segurança social e educação.

Questionado sobre que prestações sociais o líder do PS admitiu vir a exigir condições de recurso (i.e., o conjunto das condições que o beneficiário deve reunir para poder solicitar determinada prestação social)? António Costa não respondeu: "Iremos fazer a avaliação do conjunto das prestações", disse primeiro.

Passos Coelho não largou: "Que prestações não estão ainda sujeitas a condições de recursos que o dr. acha que podem permitir à Segurança Social poupar mil milhões?". E insistiu: "É muito dinheiro em quatro anos - tem de dizer quais são as prestações sociais afectadas por isto. Se não sabe é porque tem um número que não sabe a que diz respeito". António Costa não soube responder "será negociado no momento próprio em concertação social", limitou-se a afirmar, e lá voltou a atirar com o programa da coligação que inclui 600 milhões de cortes nas pensões.

Pedro Passos Coelho desta vez não deixou passar o "Quem é afinal o responsável pela resolução da dívida da Câmara de Lisboa?"

 

 

publicado às 00:28

O dilema

por Maria Teixeira Alves, em 16.09.15

Refugee Crisis

publicado às 20:53

Pág. 1/3



Arquivo

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2022
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2021
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2020
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2019
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2018
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2017
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2016
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2015
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2014
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2013
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2012
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2011
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2010
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2009
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D




Links

Blogs e Jornais que sigo

  •