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O BESI não recebeu a carta... é a Crimeia do Grupo BES!

por Maria Teixeira Alves, em 31.03.14

Coisas verdadeiramente importantes da carta do BES aos colaboradores:

 

Mensagem do Presidente da Comissão Executiva aos Colaboradores do Grupo BES

 

(blá, blá, blá)

o Grupo tem um perfil elevado em termos de visibilidade e atenção. É alvo de uma permanente e impar curiosidade. Tudo o que tem dircta e indirectamente a ver com a marca Espírito Santo é sujeito a uma, muitas vezes desproporcionada, atenção por parte da comunicação social. A essa atenção também não é alheia a vontade de alguns depromover fugas de informações incendiárias para a comunicação social com o objectivo único de boicotar as soluções que estão a ser desenhadas.

 

Este fim de semana foi publicada uma informação relativa à possibilidade de extinção da BESPAR o que se traduziria em que tanto o GES como o Crédit Agricole passariam a ter participações directas no capital do BES.
(...)

A acontecer, será, portanto, uma evolução positiva e corresponde às recomendações da regulação. No entanto, a decisão de extinguir a BESPAR é uma decisão exclusiva dos accionistas e a ocorrer terá de ser devidamente comunicada ao mercado. Independentemente do que alguns dos nossos detratores possam dizer, o BES está bem e recomenda-se.
(...)

Somos o banco privado com maior envolvimento no financiamento à actividade empresarial e ao comércio externo. Essas serão apostas que nos farão crescer mais rapidamente que os nossos concorrentes.

Uma última palavra em relação ao Grupo Espírito Santo (GES). Dada a proximidade entre as designações - Grupo Espírito Santo e Banco Espírito Santo - há tendência para confundir uma com a outra. Mas sabemos todos que são dimensões empresariais diferentes. Jurídica e formalmente diferentes.


O GES está colocado perante a necessidade de fazer uma profunda reorganização e algumas mudanças estruturais. O modelo de organização em que o GES assentou tinha a sua razão de ser num processo histórico de todos conhecido e que começou há mais de 145 anos e que teve um momento fracturante em 1975 com as nacionalizações. Mas esse modelo está ultrapassado e o GES prepara-se para um novo horizonte de desenvolvimento. Entretanto, terá de fazer uma reestruturação que não será isenta de dor e que passa por dimensões de deleverage, de redução do perímetro de actuação em termos de sectores de actividade e de recapitalização. Este trabalho está a ser feito e haverá no curto prazo mais novidades sobre o GES. Não vos escondo que, entretanto, haverá desafios muito exigentes para ultrapassar. O GES está a preparar-se para todos eles e enfrentá-los-á de frente, sempre defendendo os interesses dos colaboradores e dos investidores, como é apanágio do Grupo.

Algumas das notícias publicadas podem gerar dúvidas e perguntas. Gostava desde já de vos deixar um repto: enviem-me por email as vossas questões. Se há algum tipo de questão que entendam por oportuno colocar, enviem-me sem qualquer constrangimento ou reserva. Eu tentarei responder a todas com o maior grau de informação possível. A explicitação das vossas dúvidas agora contribuirá para construir o nosso futuro mais próximo tal como construímos o passado recente: coesos e firmes!

Ricardo Espírito Santo Salgado

Presidente da Comissão Executiva

31 de Março de 2014



Mistérios por descodificar:

Mistério número 1: porque razão a carta é dirigida aos colaboradores do Grupo BES e os colaboradores do BESI não a receberam?

P.S. O BESI é uma espécie de Crimeia do Grupo...

Mistério número 2: O que quer Ricardo Salgado dizer com "a vontade de alguns de promover fugas de informações incendiárias para a comunicação social com o objectivo único de boicotar as soluções que estão a ser desenhadas". Está a falar de pessoas do Grupo BES? Do Grupo BES, com ou sem o BESI?

Essas pessoas querem boicotar solução que estão a ser desenhadas para quê? As soluções que estão a ser desenhadas prejudicam quem? 

Mistério número 3: "Independentemente do que alguns dos nossos detratores possam dizer, o BES está bem e recomenda-se". A quem se referirá? Aos jornalistas? Ou a quem faz as alegadas fugas de informação?

Mistério número 4: "Algumas das notícias publicadas podem gerar dúvidas e perguntas. Gostava desde já de vos deixar um repto: enviem-me por email as vossas questões. Se há algum tipo de questão que entendam por oportuno colocar, enviem-me sem qualquer constrangimento ou reserva. Eu tentarei responder a todas com o maior grau de informação possível". Porque razão Ricardo Salgado opta por esta "presidência aberta"? Qual será a resposta a este repto? Milhares de mensagens? Ou nenhuma, tal o medo?

 

Mas pode ser que nas respostas pessoais por mail, algumas das charadas da carta sejam desvendadas.

 

P.S. O BES esclareceu que a carta não foi enviada, ao contrário do que sugerem as notícias publicadas, mas sim publicada na intranet do Grupo e como tal qualquer pessoa podia ter acesso.

publicado às 19:45

A memória do teu nome

por Maria Teixeira Alves, em 31.03.14

Tenho o teu abraço cheio
Com a solidão no meio
Que não me deixa abraçar

Tenho o teu olhar presente
E o desenhar do movimento do teu corpo a chegar
Tenho o teu riso sentado
Mistério do teu lado que preciso desprender
Tenho o corpo a correr
Tenho a noite a trespassar
Tenho medo de te ver
É perigoso este perfume
E a memoria do teu nome
É do fogo que nos une
Tenho espaço indeciso
Dá-me mais porque preciso
Mais um sopro do que tens
Deixa andar
Deixa ser
Quando queres entender o que não podes disfarçar
Escolhes não sentir mas não é teu para decidir
Se faz bem ao coração
Largar o que há em vão
Faz bem ao coração
Mesmo longe caiem rosas
Como pedras preciosas
Que confundem a razão
Mistério do teu lado
Entre o certo e o errado
Bem e o mal em discussão
Volta a teu o abraço cheio com o coração no meio
Volto eu a disparar
Não percebo o que queres
Diz-me tu o que preferes
Ir embora ou ficar
Este espaço intermédio
Entre a paz e o assédio não nos deixa evoluir
Não é dor nem fogo posto
É amar sem ser suposto
É difícil resistir
Deixa andar
Deixa ser
Quando queres entender o que não podes disfarçar
Escolhes não sentir mas não é teu para decidir
Se faz bem ao coração
Largar o que há em vão
Faz bem ao coração
Meu amor esta vontade
Meu amor se é verdade
Meu amor se queres saber
Abre espaço no que é teu
Vou-te dar o que é meu
Deixa andar
Deixa ser
Faz bem ao coração
Largar o que há em vão
Faz bem ao coração

 

Tiago Bettencourt

publicado às 14:42

Bom título para um livro que um dia irei escrever ;)

por Maria Teixeira Alves, em 29.03.14

 

"Muito cedo na minha vida foi tarde demais"

Marguerite Duras

publicado às 15:00

Novos sons nas terras de Vera Cruz

por António Canavarro, em 27.03.14

Ontem ao navegar pela internet fomos parar aos novos sons brasileiros que nada devem aos tradicionais ritmos que marcam (e bem) a MPB (música popular brasileira). Este jovem, que se dá a conhecer pelo o nome de Silva, investiu no que se chama de música indie, e fez bem. Este "Vista pró mar" dá-nos a conhecer o seu génio, e obriga-nos a abrir os horizontes para o que os jovens músicos brasileiros tem para nos oferecer.

 

publicado às 14:43

Ricardo Salgado

Ironia do BES: A holding do Grupo Espírito Santo (ESFG), que teve de registar provisões de 700 milhões de euros, escolheu a data 25 de Abril para realizar a AG. Será que equiparam esta auditoria do Banco de Portugal a uma Revolução?

 

A Espírito Santo Financial Group (ESFG) anunciou hoje que agendou a assembleia geral anual de acionistas para o próximo dia 25 de abril. O anúncio surge um dia depois da holding ter revelado que constituiu uma provisão adicional de 700 milhões de euros para garantir o reembolso do papel comercial que os investidores subscreveram.

publicado às 01:18

Crédit Agrícole esquece BES. Porque será?

por Maria Teixeira Alves, em 25.03.14

Há sobre a sucessão do BES elevadas esperanças na intervenção (dita como decisiva) do accionista estratégico, exterior à família, Crédit Agrícole. Sempre me suscitou o mais subtil dos "smiles" esta sentença. Pensei cá com os meus botões: "mais depressa fogem da confusão". 

Não foi por isso surpresa para mim esta notícia:

Plano do grupo francês para duplicar lucro não refere Portugal.

O Crédit Agricole, parceiro da família Espírito Santo no BES, pretende praticamente duplicar os lucros de 2013 para 6,5 mil milhões de euros em 2016, de acordo com o plano estratégico divulgado na última quinta-feira e que não faz qualquer referência ao BES, nem à sua presença no mercado português.

Porque será?

"Estão de abalada". Elementar, caro Watson!

 

P.S. O Crédit Agrícole tem 10,8% do BES directamente e ainda indirectamente através da BESPAR onde tem 26,4%, de um participação de 35,3% no banco.

publicado às 22:00

Acabo de ler esta notícia no Jornal de Negócios online:

 

BES adia assembleia-geral devido às inspecções aos grandes clientes 

A avaliação do Banco de Portugal aos grandes clientes da banca, que atrasou a divulgação dos resultados do BES, terá estado por trás do segundo adiamento da reunião de accionistas, o que não implica qualquer alteração nas contas de 2013. Assembleia agendada para 28 de Abril poderá ainda trazer pequenos ajustamentos no conselho de administração, mas a ordem de trabalhos ainda não é conhecida.

Uma alteração da AG por causa de uma inspecção às imparidades dos grandes cliente que não implica qualquer alteração das contas?! Só pode querer dizer que o BES vai anunciar um aumento de capital e que o levará à votação dos accionistas ou então, que haverá eleições no cúpula do BES

A mim, habituada a estas andanças, parece-me óbvio.

publicado às 22:00

Resposta de José Rodrigues dos Santos aos maldicentes

por Maria Teixeira Alves, em 24.03.14

Vale a pena ler a resposta inteligente e educada (coisa rara) que José Rodrigues dos Santos dá às críticas de que foi alvo por ter confrontado o Sócrates com as suas contradições.

publicado às 15:10

Mais de Agustina

por Maria Teixeira Alves, em 24.03.14

" Não se deve ser demasiado normal. Tornamo-nos caça muito fácil para o imprevisível." (Antes do Degelo); "A Alegria perverte o amor" (idem);" "Não há nada para valorizar a reputação como alguém conhecer que a pode perder, como se perde uma luva ou outra coisa qualquer" (também do mesmo livro); " O arrependimento não dura muito. É um excitante formidável mas só dura até se tornar um hábito"; "Não é o amor que interessa aos homens, mas as crenças naturais na capacidade de sentir" (Antes do Degelo)

 

«Há que gerir o Mal de forma a torná-lo impraticável»

Antes do Degelo, publicado em 2004, foi também tema de conversa. «O enigma da culpa é a chave do livro», explicou Agustina, que escreveu o seu mais recente romance inspirada na obra Crime e Castigo de Fiódor Dostoievski. «O homem vive da culpa, precisa da culpa para criar. A mulher é aquilo que é, tem esse dom criador, ao ser mãe. O homem usa a culpa como modo de superar esse dom da mulher. É pela culpa que se dão os grandes feitos da humanidade», defendeu.

A problemática do Bem também mereceu a atenção de Agustina: «Cinco séculos de moralidade, de pregação do Bem, não deram resultado. A questão é agora gerir o mal de modo a que ele se torne impraticável», considera. Para a escritora, «o Mal é um excitante. Quando perde a natureza de trangressão, de mistério, deixa de ser excitante e de interessar as pessoas».

publicado às 15:10

Adoro isto

por António Canavarro, em 20.03.14

Quando baterem duas vezes à porta não é o carteiro, que é coisa que só se vê no cinema.

É uma dupla temível!

 

 

publicado às 13:01

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